Já usou a Gandola VO? Usa a Gandola Camuflada? Admira os que usam ou usaram Gandolas? És bem-vindo...!
domingo, 24 de agosto de 2008
Em 2008 remunera-se o terrorista de 1968
Elio Gaspari
Daqui a oito dias completam-se 40 anos de um episódio pouco lembrado e injustamente inconcluso. À primeira hora de 20 de março de 1968, o jovem Orlando Lovecchio Filho, 22 anos, deixou seu carro numa garagem da Avenida Paulista e tomou o caminho de casa. Uma explosão arrebentou-lhe a perna esquerda. Pegara a sobra de um atentado contra o consulado americano, praticado por terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária. (Nem todos os militantes da VPR podem ser chamados de terroristas, mas quem punha bomba em lugar público, terrorista era).
Lovecchio teve a perna amputada abaixo do joelho e a carreira de piloto comercial destruída. O atentado foi conduzido por Diógenes Carvalho Oliveira e pelos arquitetos Sérgio Ferro e Rodrigo Lefevre, além de Dulce Maia e uma pessoa que não foi identificada.
A bomba do consulado americano explodiu oito dias antes do assassinato de Edson Lima Souto no restaurante do Calabouço, no Rio de Janeiro, e nove meses antes da imposição ao país do Ato Institucional nº 5. Essas referências cronológicas desamparam a teoria segundo a qual o AI-5 provocou o surgimento da esquerda armada. Até onde é possível fazer afirmações desse tipo, pode-se dizer que sem o AI-5 certamente continuaria a haver terrorismo e sem terrorismo certamente teria havido o AI-5.
O caso de Lovecchio tem outra dimensão. Passados 40 anos, ele recebe da viúva uma pensão especial de R$571,00 mensais. Nada a ver com o Bolsa Ditadura. Para não estimular o gênero coitadinho, é bom registrar que ele reorganizou sua vida, caminha com uma prótese, é corretor de imóveis e mora em Santos com a mãe e um filho.
A vítima da bomba não teve direito ao Bolsa Ditadura, mas o bombista Diógenes teve. No dia 24 de janeiro passado, o governo concedeu-lhe uma aposentadoria de R$1.627,00 mensais, reconhecendo ainda uma dívida de R$400.000,00 de pagamentos atrasados.
Em 1968, com mestrado cubano em explosivos, Diógenes atacou dois quartéis, participou de quatro assaltos, três atentados à bomba e uma execução. Em menos de um ano, esteve na cena de três mortes, entre as quais a do capitão americano Charles Chandler, abatido quando saía de casa. Tudo isso antes do AI-5.
Diógenes foi preso em março de 1969 e um ano depois foi trocado pelo cônsul japonês, seqüestrado em São Paulo. Durante o tempo em que esteve preso, ele foi torturado pelos militares que comandavam a repressão política. Por isso, foi uma vítima da ditadura, com direito a ser indenizado pelo que sofreu. Daí a atribuir suas malfeitorias a uma luta pela democracia iria enorme distância. O que ele queria era outra ditadura. Andou por Cuba, Chile, China e Coréia. Voltou ao Brasil com a anistia e tornou-se o 'Diógenes do PT'. Apanhado num contubérnio do grão-petismo gaúcho com o jogo do bicho, deixou o partido em 2002.
Lovecchio, que ficou sem a perna, recebe um terço do que é pago ao cidadão que organizou a explosão que o mutilou. (Um projeto que revê o valor de sua pensão, de iniciativa da ex-deputada petista Mariângela Duarte, está adormecido na Câmara.) Em 1968, antes do AI-5, morreram sete pessoas pela mão do terrorismo de esquerda. Há algo de errado na aritmética das indenizações e na álgebra que faz de Diógenes uma vítima e de Lovecchio um estorvo. Afinal, os terroristas tambem sonham.
*Elio Gaspari é jornalista
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Relator da ONU só ouve grupo que pede reserva contínua em Roraima
Relator da ONU só ouve grupo que pede reserva contínua em Roraima
Índio norte-americano James Anaya é recebido com festa por índios brasileiros
KÁTIA BRASIL
AGÊNCIA FOLHA, EM PACARAIMA (RR) - 21/08/2008
O relator especial da ONU para os direitos dos povos indígenas, o índio apache James Anaya, visitou ontem o epicentro do conflito entre índios e fazendeiros na terra Raposa/Serra do Sol (RR) e disse que só vai ouvir um dos lados na disputa devido a "limitações de tempo".
O americano esteve ontem na Vila Surumu (RR), dentro da terra indígena, onde foi recebido com almoço e dança por lideranças do CIR (Conselho Indígena de Roraima) e de outras entidades favoráveis a que sejam retirados da região os fazendeiros e demais não-índios.
Calcula-se que existam cerca de 18 mil índios na Raposa/Serra do Sol. Parte deles defende a permanência dos fazendeiros e deseja que a área seja homologada com "ilhas" onde os não-índios poderiam plantar. Essa parte dos índios reclama que não vai ser ouvida por Anaya.
"Eu gostaria de visitar a todos que estão interessados em promover a situação dos direitos humanos, mas há problemas de limitações de tempo", afirmou ele, que vai apresentar relatório sobre o assunto na próxima sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O STF (Supremo Tribunal Federal) julga, no próximo dia 27, o mérito da homologação da terra indígena de 1,7 milhão de hectares em forma contínua. Na recepção, Anaya foi recebido por 700 índios. Jovens pintados com urucum e jenipapo dançaram músicas tradicionais. "Para mim, é uma grande honra estar aqui com vocês e estou muito emocionado com a recepção", disse Anaya. A conversa entre ele e as lideranças indígenas foi reservada. À Folha, o relator disse que não opinaria sobre o julgamento.
Para Dirlene Santana, assessora da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima, Anaya "discrimina" os índios contrários à reserva contínua: "Ele não se disponibilizou em querer nos ouvir".
Colaborou0 JOSÉ EDUARDO RONDON , da Agência Folha
Índio norte-americano James Anaya é recebido com festa por índios brasileiros
KÁTIA BRASIL
AGÊNCIA FOLHA, EM PACARAIMA (RR) - 21/08/2008
O relator especial da ONU para os direitos dos povos indígenas, o índio apache James Anaya, visitou ontem o epicentro do conflito entre índios e fazendeiros na terra Raposa/Serra do Sol (RR) e disse que só vai ouvir um dos lados na disputa devido a "limitações de tempo".
O americano esteve ontem na Vila Surumu (RR), dentro da terra indígena, onde foi recebido com almoço e dança por lideranças do CIR (Conselho Indígena de Roraima) e de outras entidades favoráveis a que sejam retirados da região os fazendeiros e demais não-índios.
Calcula-se que existam cerca de 18 mil índios na Raposa/Serra do Sol. Parte deles defende a permanência dos fazendeiros e deseja que a área seja homologada com "ilhas" onde os não-índios poderiam plantar. Essa parte dos índios reclama que não vai ser ouvida por Anaya.
"Eu gostaria de visitar a todos que estão interessados em promover a situação dos direitos humanos, mas há problemas de limitações de tempo", afirmou ele, que vai apresentar relatório sobre o assunto na próxima sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O STF (Supremo Tribunal Federal) julga, no próximo dia 27, o mérito da homologação da terra indígena de 1,7 milhão de hectares em forma contínua. Na recepção, Anaya foi recebido por 700 índios. Jovens pintados com urucum e jenipapo dançaram músicas tradicionais. "Para mim, é uma grande honra estar aqui com vocês e estou muito emocionado com a recepção", disse Anaya. A conversa entre ele e as lideranças indígenas foi reservada. À Folha, o relator disse que não opinaria sobre o julgamento.
Para Dirlene Santana, assessora da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima, Anaya "discrimina" os índios contrários à reserva contínua: "Ele não se disponibilizou em querer nos ouvir".
Colaborou0 JOSÉ EDUARDO RONDON , da Agência Folha
Senado brasileiro investigará suspeita sobre missão no Haiti
Senado brasileiro investigará suspeita sobre missão no Haiti
FSP - 21/08/2008
A CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado decidiu ontem solicitar informações aos ministérios de Relações Exteriores e da Defesa sobre as operações das Nações Unidas no Haiti, cujo comando é exercido pelo Exército brasileiro.
Presidente da comissão, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) marcou uma reunião ontem mesmo com o ministro Nelson Jobim (Defesa) para discutir o assunto. O Ministério da Defesa informou que na reunião irá se informar sobre o assunto.
O encontro foi motivado por denúncia do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Na reunião da CRE ontem, ele apresentou vídeo com imagens de haitianos mortos e feridos nas ruas do país.
Feito por jornalistas do Haiti, o vídeo responsabiliza as tropas das Nações Unidas pelas mortes. Nas imagens, porém, não aparecem soldados da ONU atirando ou agredindo a população.
"A missão de paz no Haiti, coordenada pelo Brasil, tem realizado ações em que tropas, tanques e helicópteros bombardearam parte do bairro Cité Soleil, onde foram mortas crianças pequenas", disse Suplicy. "O porta-voz das tropas mencionou que ali viviam bandidos, mas como poderiam tais crianças serem bandidos? Não sabemos se são atos isolados ou freqüentes", completou.
FSP - 21/08/2008
A CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado decidiu ontem solicitar informações aos ministérios de Relações Exteriores e da Defesa sobre as operações das Nações Unidas no Haiti, cujo comando é exercido pelo Exército brasileiro.
Presidente da comissão, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) marcou uma reunião ontem mesmo com o ministro Nelson Jobim (Defesa) para discutir o assunto. O Ministério da Defesa informou que na reunião irá se informar sobre o assunto.
O encontro foi motivado por denúncia do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Na reunião da CRE ontem, ele apresentou vídeo com imagens de haitianos mortos e feridos nas ruas do país.
Feito por jornalistas do Haiti, o vídeo responsabiliza as tropas das Nações Unidas pelas mortes. Nas imagens, porém, não aparecem soldados da ONU atirando ou agredindo a população.
"A missão de paz no Haiti, coordenada pelo Brasil, tem realizado ações em que tropas, tanques e helicópteros bombardearam parte do bairro Cité Soleil, onde foram mortas crianças pequenas", disse Suplicy. "O porta-voz das tropas mencionou que ali viviam bandidos, mas como poderiam tais crianças serem bandidos? Não sabemos se são atos isolados ou freqüentes", completou.
STF decide na próxima semana conflito da Raposa Serra do Sol
STF decide na próxima semana conflito da Raposa Serra do Sol
Votação poderá basear inclusive julgamento de ação que tramita há quase 26 anos no Supremo sem solução
Mariângela Gallucci - de O Estado de S.Paulo - 21/08/2008
BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que vai decidir na próxima semana o conflito em torno da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Segundo o presidente do STF, Gilmar Mendes, o julgamento servirá de exemplo para outras áreas indígenas do País. A votação poderá basear inclusive o julgamento de uma ação que tramita há quase 26 anos no Supremo sem solução.
Proposta pela Fundação Nacional do Índio (Funai), a ação pede a anulação de títulos de posse concedidos pelo governo da Bahia em áreas da reserva indígena Caramuru-Catarina Paraguaçu, localizada no sul da Bahia. O Ministério Público Federal deu um parecer favorável à ação.
De acordo com informações do Ministério Público, a área tem 54 mil hectares delimitados e demarcados como de uso exclusivo dos índios pataxós há-hã-hãe. A demarcação foi feita com base em uma lei estadual de 1926, mas, de acordo com o Ministério Público, a área foi gradativamente ocupada e arrendada a fazendeiros.
O Ministério Público sustenta que a disputa em torno da propriedade tem provocado conflitos na região, com mortos, feridos e desaparecidos. Nos últimos anos, líderes dos índios estiveram em Brasília para pedir uma solução para o caso.Uma dessas comitivas veio à capital federal em abril de 1997. Nela estava o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos. Na ocasião, ele foi incendiado por jovens de classe média e morreu. O fato teve repercussão nacional e internacional e os jovens foram condenados pelo Tribunal do Júri de Brasília.
Em abril deste ano, o atual relator da ação sobre a reserva indígena na Bahia, ministro Eros Grau, pediu que o processo fosse incluído na pauta de julgamentos do plenário do Supremo. A ação entrou na pauta dos temas relacionados à ordem social. A previsão é de que o julgamento ocorra no dia 3 de setembro.
"As provas decorrentes dos estudos etnohistóricos desenvolvidos pela Funai e por perícias judiciais convergem para comprovação da ocupação tradicional dos índios pataxó hã hã hãe e sua expulsão de parte de seu território, nos municípios de Itajú do Colônia, Camacan e Pau Brasil, no Estado da Bahia", sustentou o Ministério Público no parecer enviado ao STF. "Concluiu-se que a presença dos índios na região é tradicional, tendo sido registrada nos primeiros documentos históricos sobre a ocupação indígena do nordeste brasileiro e permanecendo os índios na região e vinculados a todo seu território tradicional", concluiu.
O julgamento da ação sobre o reserva indígena Caramuru-Catarina Paraguaçu deverá ocorrer uma semana após o STF definir a demarcação da Raposa Serra do Sol. Os ministros do Supremo estão empenhadíssimos em solucionar o conflito de Roraima. Em maio, Mendes viajou para o Estado com os ministros Ayres Britto e Carmen Lúcia para conhecer a área. Os três ministros realizaram um sobrevôo para avaliar a situação do local
Votação poderá basear inclusive julgamento de ação que tramita há quase 26 anos no Supremo sem solução
Mariângela Gallucci - de O Estado de S.Paulo - 21/08/2008
BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que vai decidir na próxima semana o conflito em torno da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Segundo o presidente do STF, Gilmar Mendes, o julgamento servirá de exemplo para outras áreas indígenas do País. A votação poderá basear inclusive o julgamento de uma ação que tramita há quase 26 anos no Supremo sem solução.
Proposta pela Fundação Nacional do Índio (Funai), a ação pede a anulação de títulos de posse concedidos pelo governo da Bahia em áreas da reserva indígena Caramuru-Catarina Paraguaçu, localizada no sul da Bahia. O Ministério Público Federal deu um parecer favorável à ação.
De acordo com informações do Ministério Público, a área tem 54 mil hectares delimitados e demarcados como de uso exclusivo dos índios pataxós há-hã-hãe. A demarcação foi feita com base em uma lei estadual de 1926, mas, de acordo com o Ministério Público, a área foi gradativamente ocupada e arrendada a fazendeiros.
O Ministério Público sustenta que a disputa em torno da propriedade tem provocado conflitos na região, com mortos, feridos e desaparecidos. Nos últimos anos, líderes dos índios estiveram em Brasília para pedir uma solução para o caso.Uma dessas comitivas veio à capital federal em abril de 1997. Nela estava o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos. Na ocasião, ele foi incendiado por jovens de classe média e morreu. O fato teve repercussão nacional e internacional e os jovens foram condenados pelo Tribunal do Júri de Brasília.
Em abril deste ano, o atual relator da ação sobre a reserva indígena na Bahia, ministro Eros Grau, pediu que o processo fosse incluído na pauta de julgamentos do plenário do Supremo. A ação entrou na pauta dos temas relacionados à ordem social. A previsão é de que o julgamento ocorra no dia 3 de setembro.
"As provas decorrentes dos estudos etnohistóricos desenvolvidos pela Funai e por perícias judiciais convergem para comprovação da ocupação tradicional dos índios pataxó hã hã hãe e sua expulsão de parte de seu território, nos municípios de Itajú do Colônia, Camacan e Pau Brasil, no Estado da Bahia", sustentou o Ministério Público no parecer enviado ao STF. "Concluiu-se que a presença dos índios na região é tradicional, tendo sido registrada nos primeiros documentos históricos sobre a ocupação indígena do nordeste brasileiro e permanecendo os índios na região e vinculados a todo seu território tradicional", concluiu.
O julgamento da ação sobre o reserva indígena Caramuru-Catarina Paraguaçu deverá ocorrer uma semana após o STF definir a demarcação da Raposa Serra do Sol. Os ministros do Supremo estão empenhadíssimos em solucionar o conflito de Roraima. Em maio, Mendes viajou para o Estado com os ministros Ayres Britto e Carmen Lúcia para conhecer a área. Os três ministros realizaram um sobrevôo para avaliar a situação do local
O dia em que Lulla imitou o rei Salomão
O dia em que nosso Lula imitou o rei Salomão
José Nêumanne, jornalista e escritor, é editorialista do Jornal da Tarde - 20/08/2008
O presidente da República pode não ser um homem letrado nem ilustrado, mas até seus adversários mais ferrenhos, que não toleram a hipótese do terceiro mandato nem em pesadelo, devem concordar que ele tem um bom senso invejável, além de um enorme talento para driblar obstáculos. Foi o que ele fez, aparentemente de maneira brilhante, na semana passada, ao encontrar uma solução salomônica para a proposta inoportuna e insensata feita por seu ministro da Justiça, Tarso Genro, e seu secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, de reabrir unilateralmente a Lei da Anistia para punir apenas os torturadores.
Se cedesse à pressão dos comandantes militares e desautorizasse os dois auxiliares na cerimônia de apresentação dos novos oficiais-generais, terça-feira 12, no Palácio do Planalto, poderia passar a impressão de que carece de apoio da caserna para permanecer no legítimo posto em que está por decisão majoritária e soberana do povo brasileiro. Se, ao contrário, nada falasse, autorizaria uma insensata exumação de esqueletos da guerra suja, que não se sabe a quem poderia interessar, mas com certeza não interessa à sociedade nacional nem, por extensão, à paz em seu governo. O presidente calou na reunião com os oficiais, mas falou mais tarde em cerimônia no quartel-general de um dos maiores inimigos dos militares descontentes com a proposta de Paulo e Tarso: a União Nacional dos Estudantes (UNE). A escolha do lugar exalta os méritos do estrategista. A frase cunhada para encerrar o assunto comprova seu talento inato e invulgar de lidar com as palavras, ainda que muitas vezes atropele a gramática. Num arroubo digno de fazê-lo figurar entre os governantes que se celebrizaram pelo estilo conciliador quando detinham o bastão de mando, de dom Pedro II a Getúlio Vargas, de Bernardo Pereira de Vasconcelos a Tancredo Neves, Lula jogou o tema para escanteio num carrinho retórico, sem machucar ninguém: ele afirmou que era preciso "transformar os mortos em heróis, e não em vítimas".
A sentença funcionou como um calmante para os quartéis inquietos com a reabertura da discussão imprópria. Os comandantes e seu chefe, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, saíram comemorando o encerramento da discussão e a dupla Paulo e Tarso não se sentiu desautorizada nem repreendida. Mas a reencarnação do justiceiro rei hebreu Salomão no ex-dirigente sindical metalúrgico não passa de um truque impreciso do ponto de vista semântico, de lógica canhestra e falacioso no ângulo histórico, embora muito sagaz politicamente. Não há, ao contrário do que a sentença insinua, oposição entre a condição de vítima e o heroísmo. Há até muitas vezes uma relação estreita, embora não obrigatória: nem toda vítima é herói, mas muitas vezes o herói tem de ser vitimado antes, assim como o é o mártir.
No caso que serviu de tema à fala presidencial, quem foi torturado na ditadura militar exige tratamento de herói da democracia, embora não o tenha sido. Salvo raras exceções que confirmam a regra, os inimigos da ditadura militar de direita não lutavam pelo Estado Democrático de Direito, mas por outra ditadura, de sinal oposto, cujos exemplos - a Rússia de Lenin e Stalin, a China de Mao, a Cuba de Fidel Castro ou o Camboja de Pol Pot - são tão próximos de uma democracia quanto as tiranias de Nero, Calígula, Gengis Kahn, Hitler, Franco e Mussolini. Houve, sim, heróis da democracia na resistência civil contra os militares no Brasil - e Lula está entre eles, pois ajudou a desmoralizar a legislação autoritária com as greves que liderou, à custa de prisão e pena. Mas nenhum deles pegou em armas para enfrentar a ditadura.
Ao contrário do que imaginam os ingênuos que crêem nas versões falaciosas politicamente corretas de que havia nas ruas das metrópoles e nos sertões do Araguaia mais uma versão do conflito entre o Bem e o Mal, a idéia de derrubar o regime autoritário pelas armas não contribuiu para sabotá-lo. Mas colaborou para torná-lo mais cruel e talvez mais longevo. A ditadura durou mais do que era previsto que durasse pelos oficiais que interromperam o mandato de João Goulart, em 1964, porque teve a própria fúria contra as instituições nutrida pela aventura insensata dos que tentaram implantar no Brasil as idéias insanas do foquismo cubano dos barbudos de Sierra Maestra. E terminou ruindo sobre os próprios pés de barro, com a ajuda de democratas de verdade que participaram da difícil reconstrução das instituições enquanto muitos aventureiros da guerra suja ainda sonhavam com o sangrento assalto ao poder.
A dupla Paulo e Tarso não está sozinha na leitura distorcida destes eventos históricos. As comissões de burocratas que distribuem generosamente dinheiro público à guisa de remunerar os serviços prestados à luta contra a ditadura prestam idêntico desserviço à Nação. Não tem sentido subtrair dinheiro que deveria servir para resgatar a tal da dívida social, à qual Lula vive se referindo, para pagar indenizações milionárias a ex-combatentes que optaram pela luta e agora tratam essa opção imatura, mas consciente, como um investimento, conforme apontou com lucidez Millôr Fernandes. A notícia da entrada de 175 ex-militares, que logo serão seguidos por mais 425, na Justiça contra a União para pedir indenização por terem combatido no Araguaia parece absurda apenas por causa da conclusão equivocada de que havia algozes, num lado, e vítimas, no outro. Essa conclusão ganhou foros de verdade absoluta, sem fundamento histórico algum, pelo uso competente e cínico da lição dada pelo mago da propaganda nazista, Joseph Goebbels, segundo quem uma mentira se torna verdadeira se incessantemente repetida.
Vítima então e herói sobrevivente da luta dos democratas contra a ditadura, Lula recorreu à falácia para ganhar apoio e votos. Seria tão bom se deles fizesse melhor uso!
José Nêumanne, jornalista e escritor, é editorialista do Jornal da Tarde - 20/08/2008
O presidente da República pode não ser um homem letrado nem ilustrado, mas até seus adversários mais ferrenhos, que não toleram a hipótese do terceiro mandato nem em pesadelo, devem concordar que ele tem um bom senso invejável, além de um enorme talento para driblar obstáculos. Foi o que ele fez, aparentemente de maneira brilhante, na semana passada, ao encontrar uma solução salomônica para a proposta inoportuna e insensata feita por seu ministro da Justiça, Tarso Genro, e seu secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, de reabrir unilateralmente a Lei da Anistia para punir apenas os torturadores.
Se cedesse à pressão dos comandantes militares e desautorizasse os dois auxiliares na cerimônia de apresentação dos novos oficiais-generais, terça-feira 12, no Palácio do Planalto, poderia passar a impressão de que carece de apoio da caserna para permanecer no legítimo posto em que está por decisão majoritária e soberana do povo brasileiro. Se, ao contrário, nada falasse, autorizaria uma insensata exumação de esqueletos da guerra suja, que não se sabe a quem poderia interessar, mas com certeza não interessa à sociedade nacional nem, por extensão, à paz em seu governo. O presidente calou na reunião com os oficiais, mas falou mais tarde em cerimônia no quartel-general de um dos maiores inimigos dos militares descontentes com a proposta de Paulo e Tarso: a União Nacional dos Estudantes (UNE). A escolha do lugar exalta os méritos do estrategista. A frase cunhada para encerrar o assunto comprova seu talento inato e invulgar de lidar com as palavras, ainda que muitas vezes atropele a gramática. Num arroubo digno de fazê-lo figurar entre os governantes que se celebrizaram pelo estilo conciliador quando detinham o bastão de mando, de dom Pedro II a Getúlio Vargas, de Bernardo Pereira de Vasconcelos a Tancredo Neves, Lula jogou o tema para escanteio num carrinho retórico, sem machucar ninguém: ele afirmou que era preciso "transformar os mortos em heróis, e não em vítimas".
A sentença funcionou como um calmante para os quartéis inquietos com a reabertura da discussão imprópria. Os comandantes e seu chefe, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, saíram comemorando o encerramento da discussão e a dupla Paulo e Tarso não se sentiu desautorizada nem repreendida. Mas a reencarnação do justiceiro rei hebreu Salomão no ex-dirigente sindical metalúrgico não passa de um truque impreciso do ponto de vista semântico, de lógica canhestra e falacioso no ângulo histórico, embora muito sagaz politicamente. Não há, ao contrário do que a sentença insinua, oposição entre a condição de vítima e o heroísmo. Há até muitas vezes uma relação estreita, embora não obrigatória: nem toda vítima é herói, mas muitas vezes o herói tem de ser vitimado antes, assim como o é o mártir.
No caso que serviu de tema à fala presidencial, quem foi torturado na ditadura militar exige tratamento de herói da democracia, embora não o tenha sido. Salvo raras exceções que confirmam a regra, os inimigos da ditadura militar de direita não lutavam pelo Estado Democrático de Direito, mas por outra ditadura, de sinal oposto, cujos exemplos - a Rússia de Lenin e Stalin, a China de Mao, a Cuba de Fidel Castro ou o Camboja de Pol Pot - são tão próximos de uma democracia quanto as tiranias de Nero, Calígula, Gengis Kahn, Hitler, Franco e Mussolini. Houve, sim, heróis da democracia na resistência civil contra os militares no Brasil - e Lula está entre eles, pois ajudou a desmoralizar a legislação autoritária com as greves que liderou, à custa de prisão e pena. Mas nenhum deles pegou em armas para enfrentar a ditadura.
Ao contrário do que imaginam os ingênuos que crêem nas versões falaciosas politicamente corretas de que havia nas ruas das metrópoles e nos sertões do Araguaia mais uma versão do conflito entre o Bem e o Mal, a idéia de derrubar o regime autoritário pelas armas não contribuiu para sabotá-lo. Mas colaborou para torná-lo mais cruel e talvez mais longevo. A ditadura durou mais do que era previsto que durasse pelos oficiais que interromperam o mandato de João Goulart, em 1964, porque teve a própria fúria contra as instituições nutrida pela aventura insensata dos que tentaram implantar no Brasil as idéias insanas do foquismo cubano dos barbudos de Sierra Maestra. E terminou ruindo sobre os próprios pés de barro, com a ajuda de democratas de verdade que participaram da difícil reconstrução das instituições enquanto muitos aventureiros da guerra suja ainda sonhavam com o sangrento assalto ao poder.
A dupla Paulo e Tarso não está sozinha na leitura distorcida destes eventos históricos. As comissões de burocratas que distribuem generosamente dinheiro público à guisa de remunerar os serviços prestados à luta contra a ditadura prestam idêntico desserviço à Nação. Não tem sentido subtrair dinheiro que deveria servir para resgatar a tal da dívida social, à qual Lula vive se referindo, para pagar indenizações milionárias a ex-combatentes que optaram pela luta e agora tratam essa opção imatura, mas consciente, como um investimento, conforme apontou com lucidez Millôr Fernandes. A notícia da entrada de 175 ex-militares, que logo serão seguidos por mais 425, na Justiça contra a União para pedir indenização por terem combatido no Araguaia parece absurda apenas por causa da conclusão equivocada de que havia algozes, num lado, e vítimas, no outro. Essa conclusão ganhou foros de verdade absoluta, sem fundamento histórico algum, pelo uso competente e cínico da lição dada pelo mago da propaganda nazista, Joseph Goebbels, segundo quem uma mentira se torna verdadeira se incessantemente repetida.
Vítima então e herói sobrevivente da luta dos democratas contra a ditadura, Lula recorreu à falácia para ganhar apoio e votos. Seria tão bom se deles fizesse melhor uso!
Revanchismo coisa nenhuma
Olavo de Carvalho
JB - 21/08/2008
Na mesma semana em que pela primeira vez a classe militar esboça uma reação coletiva à perseguição de seus membros acusados de tortura, o juiz Baltasar Garzón desembarca no Brasil anunciando que vai puni-los se o governo local não o fizer, e dois porta-vozes da ONU aparecem nos jornais pontificando que "está mais do que na hora de o Brasil enfrentar esse assunto da anistia". Está mais do que na hora, digo eu, é de os nossos militares entenderem que as tentativas de rever a Lei da Anistia não são mero "revanchismo" e sim uma vasta operação internacional, montada com todos os requintes do planejamento racional, da execução cuidadosa e do timing preciso, para quebrar a espinha das Forças Armadas latino-americanas e obrigá-las a escolher entre colocar-se a serviço da estratégia esquerdista continental ou perecer de morte desonrosa. A astúcia com que o governo brasileiro pulou fora de um confronto direto com os oficiais reunidos no Clube Militar, deixando a parte suja do serviço para seus aliados estrangeiros que com sincronismo admirável se ofereciam para a tarefa, é mais do que suficiente para ilustrar o que digo.
O tratamento dado a essas notícias pela mídia nacional também não é mera coincidência e sim um componente vital da trama. Um despacho da Agência Estado, reproduzido por toda parte, apresenta os dois homens da ONU como "peritos". O termo visa a dar ares de isenção científica ao que dizem contra a Lei da Anistia, mas para que esse engodo funcione é preciso sonegar ao leitor, como de fato os jornais sonegaram, qualquer informação substantiva sobre o curriculum vitae dos entrevistados. O primeiro, Miguel Alfonso Martinez, foi nomeado para a Comissão de Direitos Humanos da ONU por Fidel Castro em pessoa, o que significa que está lá para encobrir os crimes da ditadura cubana sob uma cortina de acusações a governos bem mais inofensivos. O segundo, Jean Ziegler, suíço, entrou na mesma comissão em abril deste ano, sob os protestos de mais de 20 países, que não gostaram de ver nesse cargo um notório amigo e protetor de ditadores truculentos como Robert Mugabe, do Zimbábue; Muamar Khadafi, da Líbia; Mengistu Haile Mariam, da Etiópia, e o próprio Fidel Castro. Ziegler criou mesmo o "Prêmio Muamar Khadafi de Direitos Humanos", que soa mais ou menos como "Prêmio Mensalão de Ética e Transparência". Se o leitor soubesse dessas coisas, entenderia que os dois patetas falam apenas na condição de paus-mandados do comunismo internacional, e que ao apresentá-los como "peritos", sem mais, a mídia nacional desempenha papel exatamente igual ao deles.
Mesmo o sr. Baltasar Garzón, por trás de sua fachada de campeão dos direitos humanos, permanece um desconhecido para a multidão dos brasileiros. Em 2001, ele recebeu um vasto dossiê contra Fidel Castro, mas respondeu que nada faria a respeito porque seu tribunal não tem jurisdição sobre governantes em exercício. O critério jurídico aí subentendido já é por si uma monstruosidade abjeta, pois significa que, para escapar ao senso justiceiro do sr. Garzón, tudo o que um ditador tem de fazer é permanecer no governo até a morte, em vez de devolver o poder ao povo como fez o general Pinochet. O caso torna-se ainda mais escandaloso porque Fidel Castro agradeceu publicamente ao juiz a gentileza da sua reação e porque anos depois, quando Castro apeou do poder, Garzón não deu o menor sinal de perceber que ele tinha ipso facto caído sob a sua jurisdição.
Da minha parte, não tenho a menor dúvida de que essas pomposas iniciativas contra violadores de direitos humanos, sempre unilaterais e escancaradamente alheias ao senso das proporções, que é a essência mesma da justiça, têm no fundo um único objetivo: acostumar a população mundial à idéia de que assassinatos em massa são um direito inalienável e até um dever moral dos ditadores de esquerda, ao passo que qualquer violência incomparavelmente menor praticada contra comunistas é um crime hediondo cujo autor deve ser exposto à execração universal.
JB - 21/08/2008
Na mesma semana em que pela primeira vez a classe militar esboça uma reação coletiva à perseguição de seus membros acusados de tortura, o juiz Baltasar Garzón desembarca no Brasil anunciando que vai puni-los se o governo local não o fizer, e dois porta-vozes da ONU aparecem nos jornais pontificando que "está mais do que na hora de o Brasil enfrentar esse assunto da anistia". Está mais do que na hora, digo eu, é de os nossos militares entenderem que as tentativas de rever a Lei da Anistia não são mero "revanchismo" e sim uma vasta operação internacional, montada com todos os requintes do planejamento racional, da execução cuidadosa e do timing preciso, para quebrar a espinha das Forças Armadas latino-americanas e obrigá-las a escolher entre colocar-se a serviço da estratégia esquerdista continental ou perecer de morte desonrosa. A astúcia com que o governo brasileiro pulou fora de um confronto direto com os oficiais reunidos no Clube Militar, deixando a parte suja do serviço para seus aliados estrangeiros que com sincronismo admirável se ofereciam para a tarefa, é mais do que suficiente para ilustrar o que digo.
O tratamento dado a essas notícias pela mídia nacional também não é mera coincidência e sim um componente vital da trama. Um despacho da Agência Estado, reproduzido por toda parte, apresenta os dois homens da ONU como "peritos". O termo visa a dar ares de isenção científica ao que dizem contra a Lei da Anistia, mas para que esse engodo funcione é preciso sonegar ao leitor, como de fato os jornais sonegaram, qualquer informação substantiva sobre o curriculum vitae dos entrevistados. O primeiro, Miguel Alfonso Martinez, foi nomeado para a Comissão de Direitos Humanos da ONU por Fidel Castro em pessoa, o que significa que está lá para encobrir os crimes da ditadura cubana sob uma cortina de acusações a governos bem mais inofensivos. O segundo, Jean Ziegler, suíço, entrou na mesma comissão em abril deste ano, sob os protestos de mais de 20 países, que não gostaram de ver nesse cargo um notório amigo e protetor de ditadores truculentos como Robert Mugabe, do Zimbábue; Muamar Khadafi, da Líbia; Mengistu Haile Mariam, da Etiópia, e o próprio Fidel Castro. Ziegler criou mesmo o "Prêmio Muamar Khadafi de Direitos Humanos", que soa mais ou menos como "Prêmio Mensalão de Ética e Transparência". Se o leitor soubesse dessas coisas, entenderia que os dois patetas falam apenas na condição de paus-mandados do comunismo internacional, e que ao apresentá-los como "peritos", sem mais, a mídia nacional desempenha papel exatamente igual ao deles.
Mesmo o sr. Baltasar Garzón, por trás de sua fachada de campeão dos direitos humanos, permanece um desconhecido para a multidão dos brasileiros. Em 2001, ele recebeu um vasto dossiê contra Fidel Castro, mas respondeu que nada faria a respeito porque seu tribunal não tem jurisdição sobre governantes em exercício. O critério jurídico aí subentendido já é por si uma monstruosidade abjeta, pois significa que, para escapar ao senso justiceiro do sr. Garzón, tudo o que um ditador tem de fazer é permanecer no governo até a morte, em vez de devolver o poder ao povo como fez o general Pinochet. O caso torna-se ainda mais escandaloso porque Fidel Castro agradeceu publicamente ao juiz a gentileza da sua reação e porque anos depois, quando Castro apeou do poder, Garzón não deu o menor sinal de perceber que ele tinha ipso facto caído sob a sua jurisdição.
Da minha parte, não tenho a menor dúvida de que essas pomposas iniciativas contra violadores de direitos humanos, sempre unilaterais e escancaradamente alheias ao senso das proporções, que é a essência mesma da justiça, têm no fundo um único objetivo: acostumar a população mundial à idéia de que assassinatos em massa são um direito inalienável e até um dever moral dos ditadores de esquerda, ao passo que qualquer violência incomparavelmente menor praticada contra comunistas é um crime hediondo cujo autor deve ser exposto à execração universal.
Resposta de um "sujeito" à Revista Época
Resposta de um "sujeito" à Revista Época
Carlos Alberto Brilhante Ustra – Cel Reformado
O brilhante jornalista Oliveiros S. Ferreira, em recente artigo apresenta os objetivos de membros do governo quando tratam da Lei de Anistia e suas conseqüências. Diz ele:
"Comecemos pelos objetivos. O de Tarso, Oficial da Reserva da Arma de Artilharia, decompõe-se em primário, secundário e final. O primário é expor à execração pública os militares acusados da prática de tortura; o secundário condená-los; o final, reduzir as Forças Armadas a um silêncio ainda mais calado do que o que ostentam hoje, especialmente o Exército. Os objetivos dos que estão contra Tarso, defender o Coronel Ustra, ponto final. Embora com isso defendam indiretamente a razão do Exército — mas isso apenas indiretamente".
Com seguidas reportagens, a Revista Época, enquadrando-se no primeiro objetivo exposto acima, faz coro com a esquerda no sentido de me expor, especificamente à execração pública. No dia 18 de agosto de 2008, publicou mais uma reportagem intitulada "Porque o trauma persiste".
Entre outros assuntos diz que:
"O aposentado José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão mais velho de Lula, passou duas semanas como prisioneiro do DOI-CODI, sob o comando do coronel Ustra, em São Paulo. Frei Chico disse a Época: Não quero criar brigas nem conflitos, mas não acho justo o que aconteceu com os torturadores. Eles maltratavam a gente. Éramos humilhados e tratados como animais. Passei por toda a série: fui para o pau–de-arara, tomei choques elétricos, apanhei com um pedaço de pau. Outro dia, encontrei num posto de saúde um médico que me torturou. Não lhe aconteceu nada. Não sei se isso é legal ou não. Eu acho que é errado".
Mentira. A verdade não é o objetivo da Revista Época. Na realidade, Frei Chico, o aposentado José Ferreira da Silva, irmão do Presidente Lula, foi preso em 1975 e o Cel Ustra passou o comando do DOI em janeiro de 1974. Portanto, é falsa a informação de que ele teria passado por uma série de torturas sob o comando do Cel Ustra.
Isso pode ser comprovado em Folha Online, de 28/10/2002, onde consta:
"Frei Chico conta que, quando foi preso, em 1975, Lula estava no Japão participando de um evento do sindicato."
Isto É- Dinheiro também confirma a inverdade da afirmação da revista: "Filiado ao clandestino PCB desde 1971, Frei Chico queria apresentar ao irmão as idéias de Marx e Lênin. Emprestou um livro comprado em sebo, "O que é a Constituição", e parou por aí. Lula nunca quis saber de filiações. Sobretudo depois de 1975, quando Frei Chico foi preso por agentes da repressão do governo militar".
Seria conveniente, a bem da verdade, que Frei Chico comprovasse o ano de sua prisão, em que Auditoria Militar foi julgado e qual o resultado desse julgamento.
Continuando a execração, a revista Época publica:
"Envolvido em dois processos na Justiça, Ustra tornou-se um símbolo dessa situação. Para defender-se, ele convocou os atuais chefes do Comando Militar, entre eles o comandante do Exército, Enzo Martins Peri. Com base na experiência do passado, era de imaginar que um recurso desse tipo tivesse acolhida firme e segura na caserna. Hoje, não é mais assim, segundo ÉPOCA apurou em conversas informais com dois integrantes do Alto-Comando do Exército. 'Não temos o que falar nesse processo', diz um dos generais. 'Éramos muito jovens naquele período. É uma perda de tempo absurda. O que o sujeito (Ustra) quer: causar um problema para o país? Os brasileiros não estão preocupados com isso, mas com o futuro.' Outro general questiona: 'Como podemos ser testemunhas de coisas que não testemunhamos'"?
Pelo teor das reportagens que Época tem apresentado, pelas acusações que tem me dirigido sem as devidas provas, pelo que conheço da formação dos oficiais do Alto-Comando, custo a crer que tais afirmações possam ser verdadeiras. Além disso, a revista não cita o nome dos dois generais, o que me faz duvidar, mais ainda, da honestidade nesta notícia.
Aos dois jornalistas que assinam a matéria informo que:
Esse "sujeito" a quem os senhores se referem, trata-se do Cel Reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, que, anos idos de 1970, atendendo às ordens recebidas dos seus superiores hierárquicos, deu tudo de si para cumprir com o seu dever de soldado.
Esse "sujeito" era um simples major estagiário da ECEME, servindo no QG do II Exército, quando foi chamado pelo seu comandante, general José Canavarro Pereira, que lhe transmitiu a seguinte ordem; "Major, o senhor foi designado para comandar o DOI/CODI/II Exército. Vá. Assuma e comande com dignidade".
Esse "sujeito", dentro de sua capacidade, fez o possível e o impossível para cumprir a ordem recebida. Foi humano e justo. Seus chefes sempre o elogiaram.
Esse "sujeito", senhores, foi condecorado com a Medalha do Pacificador com Palma. Talvez os senhores não saibam o que ela representa.
Esse "sujeito" quase foi seqüestrado por organizações terroristas durante três oportunidades. Nos quase quatro anos do seu comando no DOI, a mulher desse "sujeito" e sua filha, com um ano de idade, eram ameaçadas de seqüestro freqüentemente. A mulher desse "sujeito" não tinha o direito de passear com a filha em uma praça. Esse "sujeito" e sua família viviam sob ameaças de todo o gênero, trocando o número do telefone constantemente.
Esse "sujeito" a quem os senhores aludem, entrou em combate, de arma na mão, e viu seus subordinados se esvaírem em sangue, feridos pelas balas dos terroristas,
Creio, senhores, que quem nunca entrou em combate e nunca teve suas esposas e filhos ameaçados, não saiba imaginar o que é isso.
Deve parecer estranho aos dois jornalistas que no processo que tramita na Vara Federal, da iniciativa de procuradores da República, eu indique como minhas testemunhas de defesa, por ocasião da oitiva, os generais do Exército Brasileiro ocupantes das funções de: Comandante do Exército, Comandante Militar do Sudeste, Chefe do Estado Maior do Sudeste e Chefe do Centro de Inteligência do Exército. Eles hoje são os substitutos legais dos chefes que, na época do meu comando do DOI, deram-me as ordens cumpridas por mim, rigorosamente.
Por isso mesmo, duvido que os dois generais do Alto-Comando tenham afirmado que não têm o que testemunhar, pois não viveram aquela época e que a minha indicação para deporem seria uma perda de tempo absurda.
Todos sabemos que, hoje, o Exército é outro.
Não creio que os generais de hoje, depois de passarem por tantas escolas, tantos comandos, não possam ser testemunhas do que se passou naquele período porque não sabem de nada e não vivenciaram o que se passou.
É inacreditável que não saibam como e por que o major José Toja Martinez foi assassinado; que o tenente Alberto Mendes Júnior tenha sido morto a coronhadas, quando cumpria uma missão dada pelo Exército; que uma bomba destruiu parte do QG do II Exército e estraçalhou o soldado Mário Kozel Filho; que um bomba explodiu no Aeroporto de Guararapes, matou duas pessoas e feriu outras treze, inclusive seu colega, Gen Sylvio, que perdeu todos os dedos de uma das mãos.
É incrível que os senhores generais não saibam que quatro diplomatas foram seqüestrados; que 120 brasileiros foram mortos por atos terroristas; que 8 aviões de carreira foram seqüestrados; que centenas de bancos foram assaltados; que bombas explodiam diariamente; que o inimigo não era composto por estudantes desarmados, mas, sim, por elementos treinados em técnicas de guerrilha no exterior.
É inacreditável que os senhores generais não saibam que, atendendo ao clamor da sociedade, as Forças Armadas, particularmente o Exército, cumprindo uma Diretriz do Presidente da República, assumiram a responsabilidade pelo combate ao terrorismo.
Se for verdadeira a afirmação da Revista Época, o ensino do Exército deve estar cometendo uma falta muito grave ao ignorar um assunto tão importante, em que a participação da Força Terrestre se destacou na luta pela manutenção da democracia.
Caso existam dúvidas sobre o que aconteceu naquele período, leiam o livro do general Del Nero, o livro do Cel Madruga e, se puderem, leiam o meu último livro. Consultem o arquivo do Exército. Disponibilizei, para que possam tomar conhecimento do que se passou naquele tempo, junto ao CComSEx e ao CIEx, as razões da minha defesa no processo.
O "sujeito", senhores jornalistas, não quer causar problema nenhum ao país. O que ele quer é que a Instituição Exército Brasileiro, que lhe designou para o comando de um órgão de repressão ao terrorismo, seja testemunha do reconhecimento do trabalho por ele prestado. Que declare o que se passou naquela época. Declare que o Exército assumiu o comando do combate ao terrorismo para evitar o caos.
O "sujeito" não quer que os generais o defendam. Quer, apenas, que eles defendam a Instituição Exército Brasileiro.
No final do artigo, a revista diz que:
"Pode-se apostar que o Exército nada fará para incriminar Ustra. Mas estabeleceu um limite para protegê-lo".
O Exército atual nunca me defendeu e nem me protegeu. Nunca me procurou para saber se poderia me ajudar em alguma coisa.
O "sujeito" não quer e jamais quis trazer problemas para o Exército. Entretanto ficar calado e omisso quando é injustamente acusado não é do seu feitio e, enquanto tiver forças, lutará e enfrentará essa esquerda revanchista.
Felizmente, tenho tido o apoio dos companheiros da reserva e de inúmeros oficiais da ativa, muito mais do que enxerga esse jornalismo mentiroso e caolho.
Carlos Alberto Brilhante Ustra – Cel Reformado
O brilhante jornalista Oliveiros S. Ferreira, em recente artigo apresenta os objetivos de membros do governo quando tratam da Lei de Anistia e suas conseqüências. Diz ele:
"Comecemos pelos objetivos. O de Tarso, Oficial da Reserva da Arma de Artilharia, decompõe-se em primário, secundário e final. O primário é expor à execração pública os militares acusados da prática de tortura; o secundário condená-los; o final, reduzir as Forças Armadas a um silêncio ainda mais calado do que o que ostentam hoje, especialmente o Exército. Os objetivos dos que estão contra Tarso, defender o Coronel Ustra, ponto final. Embora com isso defendam indiretamente a razão do Exército — mas isso apenas indiretamente".
Com seguidas reportagens, a Revista Época, enquadrando-se no primeiro objetivo exposto acima, faz coro com a esquerda no sentido de me expor, especificamente à execração pública. No dia 18 de agosto de 2008, publicou mais uma reportagem intitulada "Porque o trauma persiste".
Entre outros assuntos diz que:
"O aposentado José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão mais velho de Lula, passou duas semanas como prisioneiro do DOI-CODI, sob o comando do coronel Ustra, em São Paulo. Frei Chico disse a Época: Não quero criar brigas nem conflitos, mas não acho justo o que aconteceu com os torturadores. Eles maltratavam a gente. Éramos humilhados e tratados como animais. Passei por toda a série: fui para o pau–de-arara, tomei choques elétricos, apanhei com um pedaço de pau. Outro dia, encontrei num posto de saúde um médico que me torturou. Não lhe aconteceu nada. Não sei se isso é legal ou não. Eu acho que é errado".
Mentira. A verdade não é o objetivo da Revista Época. Na realidade, Frei Chico, o aposentado José Ferreira da Silva, irmão do Presidente Lula, foi preso em 1975 e o Cel Ustra passou o comando do DOI em janeiro de 1974. Portanto, é falsa a informação de que ele teria passado por uma série de torturas sob o comando do Cel Ustra.
Isso pode ser comprovado em Folha Online, de 28/10/2002, onde consta:
"Frei Chico conta que, quando foi preso, em 1975, Lula estava no Japão participando de um evento do sindicato."
Isto É- Dinheiro também confirma a inverdade da afirmação da revista: "Filiado ao clandestino PCB desde 1971, Frei Chico queria apresentar ao irmão as idéias de Marx e Lênin. Emprestou um livro comprado em sebo, "O que é a Constituição", e parou por aí. Lula nunca quis saber de filiações. Sobretudo depois de 1975, quando Frei Chico foi preso por agentes da repressão do governo militar".
Seria conveniente, a bem da verdade, que Frei Chico comprovasse o ano de sua prisão, em que Auditoria Militar foi julgado e qual o resultado desse julgamento.
Continuando a execração, a revista Época publica:
"Envolvido em dois processos na Justiça, Ustra tornou-se um símbolo dessa situação. Para defender-se, ele convocou os atuais chefes do Comando Militar, entre eles o comandante do Exército, Enzo Martins Peri. Com base na experiência do passado, era de imaginar que um recurso desse tipo tivesse acolhida firme e segura na caserna. Hoje, não é mais assim, segundo ÉPOCA apurou em conversas informais com dois integrantes do Alto-Comando do Exército. 'Não temos o que falar nesse processo', diz um dos generais. 'Éramos muito jovens naquele período. É uma perda de tempo absurda. O que o sujeito (Ustra) quer: causar um problema para o país? Os brasileiros não estão preocupados com isso, mas com o futuro.' Outro general questiona: 'Como podemos ser testemunhas de coisas que não testemunhamos'"?
Pelo teor das reportagens que Época tem apresentado, pelas acusações que tem me dirigido sem as devidas provas, pelo que conheço da formação dos oficiais do Alto-Comando, custo a crer que tais afirmações possam ser verdadeiras. Além disso, a revista não cita o nome dos dois generais, o que me faz duvidar, mais ainda, da honestidade nesta notícia.
Aos dois jornalistas que assinam a matéria informo que:
Esse "sujeito" a quem os senhores se referem, trata-se do Cel Reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, que, anos idos de 1970, atendendo às ordens recebidas dos seus superiores hierárquicos, deu tudo de si para cumprir com o seu dever de soldado.
Esse "sujeito" era um simples major estagiário da ECEME, servindo no QG do II Exército, quando foi chamado pelo seu comandante, general José Canavarro Pereira, que lhe transmitiu a seguinte ordem; "Major, o senhor foi designado para comandar o DOI/CODI/II Exército. Vá. Assuma e comande com dignidade".
Esse "sujeito", dentro de sua capacidade, fez o possível e o impossível para cumprir a ordem recebida. Foi humano e justo. Seus chefes sempre o elogiaram.
Esse "sujeito", senhores, foi condecorado com a Medalha do Pacificador com Palma. Talvez os senhores não saibam o que ela representa.
Esse "sujeito" quase foi seqüestrado por organizações terroristas durante três oportunidades. Nos quase quatro anos do seu comando no DOI, a mulher desse "sujeito" e sua filha, com um ano de idade, eram ameaçadas de seqüestro freqüentemente. A mulher desse "sujeito" não tinha o direito de passear com a filha em uma praça. Esse "sujeito" e sua família viviam sob ameaças de todo o gênero, trocando o número do telefone constantemente.
Esse "sujeito" a quem os senhores aludem, entrou em combate, de arma na mão, e viu seus subordinados se esvaírem em sangue, feridos pelas balas dos terroristas,
Creio, senhores, que quem nunca entrou em combate e nunca teve suas esposas e filhos ameaçados, não saiba imaginar o que é isso.
Deve parecer estranho aos dois jornalistas que no processo que tramita na Vara Federal, da iniciativa de procuradores da República, eu indique como minhas testemunhas de defesa, por ocasião da oitiva, os generais do Exército Brasileiro ocupantes das funções de: Comandante do Exército, Comandante Militar do Sudeste, Chefe do Estado Maior do Sudeste e Chefe do Centro de Inteligência do Exército. Eles hoje são os substitutos legais dos chefes que, na época do meu comando do DOI, deram-me as ordens cumpridas por mim, rigorosamente.
Por isso mesmo, duvido que os dois generais do Alto-Comando tenham afirmado que não têm o que testemunhar, pois não viveram aquela época e que a minha indicação para deporem seria uma perda de tempo absurda.
Todos sabemos que, hoje, o Exército é outro.
Não creio que os generais de hoje, depois de passarem por tantas escolas, tantos comandos, não possam ser testemunhas do que se passou naquele período porque não sabem de nada e não vivenciaram o que se passou.
É inacreditável que não saibam como e por que o major José Toja Martinez foi assassinado; que o tenente Alberto Mendes Júnior tenha sido morto a coronhadas, quando cumpria uma missão dada pelo Exército; que uma bomba destruiu parte do QG do II Exército e estraçalhou o soldado Mário Kozel Filho; que um bomba explodiu no Aeroporto de Guararapes, matou duas pessoas e feriu outras treze, inclusive seu colega, Gen Sylvio, que perdeu todos os dedos de uma das mãos.
É incrível que os senhores generais não saibam que quatro diplomatas foram seqüestrados; que 120 brasileiros foram mortos por atos terroristas; que 8 aviões de carreira foram seqüestrados; que centenas de bancos foram assaltados; que bombas explodiam diariamente; que o inimigo não era composto por estudantes desarmados, mas, sim, por elementos treinados em técnicas de guerrilha no exterior.
É inacreditável que os senhores generais não saibam que, atendendo ao clamor da sociedade, as Forças Armadas, particularmente o Exército, cumprindo uma Diretriz do Presidente da República, assumiram a responsabilidade pelo combate ao terrorismo.
Se for verdadeira a afirmação da Revista Época, o ensino do Exército deve estar cometendo uma falta muito grave ao ignorar um assunto tão importante, em que a participação da Força Terrestre se destacou na luta pela manutenção da democracia.
Caso existam dúvidas sobre o que aconteceu naquele período, leiam o livro do general Del Nero, o livro do Cel Madruga e, se puderem, leiam o meu último livro. Consultem o arquivo do Exército. Disponibilizei, para que possam tomar conhecimento do que se passou naquele tempo, junto ao CComSEx e ao CIEx, as razões da minha defesa no processo.
O "sujeito", senhores jornalistas, não quer causar problema nenhum ao país. O que ele quer é que a Instituição Exército Brasileiro, que lhe designou para o comando de um órgão de repressão ao terrorismo, seja testemunha do reconhecimento do trabalho por ele prestado. Que declare o que se passou naquela época. Declare que o Exército assumiu o comando do combate ao terrorismo para evitar o caos.
O "sujeito" não quer que os generais o defendam. Quer, apenas, que eles defendam a Instituição Exército Brasileiro.
No final do artigo, a revista diz que:
"Pode-se apostar que o Exército nada fará para incriminar Ustra. Mas estabeleceu um limite para protegê-lo".
O Exército atual nunca me defendeu e nem me protegeu. Nunca me procurou para saber se poderia me ajudar em alguma coisa.
O "sujeito" não quer e jamais quis trazer problemas para o Exército. Entretanto ficar calado e omisso quando é injustamente acusado não é do seu feitio e, enquanto tiver forças, lutará e enfrentará essa esquerda revanchista.
Felizmente, tenho tido o apoio dos companheiros da reserva e de inúmeros oficiais da ativa, muito mais do que enxerga esse jornalismo mentiroso e caolho.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
UM TIRO NO PÉ?
UM TIRO NO PÉ?
Gen. Bda RI Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira
Eis que ao patrocinar, abertamente, um Seminário destinado a discutir a possibilidade de condenação dos militares acusados de torturadores, omitindo descaradamente as ações terroristas do outro lado, o Ministro da Justiça e seus sectários seguidores, montou um circo tão discricionário, que os reais objetivos da camarilha, por serem escandalosamente explícitos, provavelmente, causaram nojo na maioria dos cidadãos de bem.
O evento, cuja finalidade foi a desmoralização e o linchamento das Forças Armadas, demonstra cruamente, que vivemos uma verdadeira caça às bruxas. A ânsia desmedida, aliada à ocupação do poder, retirou da "esquerdalha" qualquer noção de bom – senso. Fortalecidos, atiraram - se à caçada com total falta de vergonha, certos de que nada poderia impedir suas nefastas ações.
Contudo, podemos vislumbrar uma oportunidade ímpar para que seja dado um basta na liberdade insana daqueles cretinos. É hora de dividi - los para que se confrontem.
Julgamos que o freio poderia vir do próprio "molusco". Não por qualquer simpatia que o "nosso guia" possa ter pelos militares, mas pelos incômodos que a situação criada e alimentada pela sua "equipe" possa trazer para si junto à opinião pública e junto ao Estamento Militar, não só da reserva, como da ativa.
Os indícios de que o Ministro da Justiça tem, ultimamente, ultrapassado os seus limites, nos parecem bem claros.
As divergências com a Dilma, com o Dirceu, a precipitada - por isso mesmo abortada – e caríssima operação da PF e da FNS em Roraima, para a expulsão dos arrozeiros, seguida da boçal e ilegal prisão do prefeito Quartiero, de Pacaraima, as conhecidas diferenças com a própria filha, as repercussões da espetacularização das ações da Policia Federal, o "affair" com o Ministro Gilmar Mendes, que redundou na inexplicável reunião a portas fechadas do "molusco" como os envolvidos na prisão do Dantas, a posterior liberação da fajuta gravação sobre o afastamento do Protógenes, e, agora, o choque com o Ministro da Defesa, acerca da Anistia, proporcionam aos Comandantes de Força uma oportunidade ímpar para colocar o "molusco" na parede e exigir (pedir?) que ele segure seus asseclas e iniba, a partir do Palácio do Planalto, o desencadeamento de atividades como aquele Seminário, avalizado pela própria estrutura do Governo.
Acreditamos que fatos como o Seminário e suas repercussões negativas fogem ao controle e aos interesses do "nosso guia".
O "molusco" não é bobo e, por certo, titubeará diante das evidências claras de seu desgaste, e poderá "dentro de quatro paredes" desautorizar ao Ministro da Justiça a levar avante e, mesmo inibir, a realização deste tipo de debate, acintosamente eivado de parcialidade, e que traz à tona uma face negra do desgoverno, o que por certo não é do seu agrado.
Entendemos que os Comandantes de Força, devidamente, avalizados pelo Ministro da Defesa, que publicamente declarou sua posição contrária à do Tarso Genro, fato que ainda vai ser bem explorado pela imprensa, poderiam colocar o "nosso guia" numa encruzilhada, solicitando sua interferência para que o Governo não fosse mais o postulante de semelhantes despautérios.
Não temos a menor dúvida, estrategicamente aproveitada, esta é uma excelente ocasião para retirar do Governo este tipo de iniciativa.
Mas cadê peito para isso?
Gen. Bda RI Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira
Eis que ao patrocinar, abertamente, um Seminário destinado a discutir a possibilidade de condenação dos militares acusados de torturadores, omitindo descaradamente as ações terroristas do outro lado, o Ministro da Justiça e seus sectários seguidores, montou um circo tão discricionário, que os reais objetivos da camarilha, por serem escandalosamente explícitos, provavelmente, causaram nojo na maioria dos cidadãos de bem.
O evento, cuja finalidade foi a desmoralização e o linchamento das Forças Armadas, demonstra cruamente, que vivemos uma verdadeira caça às bruxas. A ânsia desmedida, aliada à ocupação do poder, retirou da "esquerdalha" qualquer noção de bom – senso. Fortalecidos, atiraram - se à caçada com total falta de vergonha, certos de que nada poderia impedir suas nefastas ações.
Contudo, podemos vislumbrar uma oportunidade ímpar para que seja dado um basta na liberdade insana daqueles cretinos. É hora de dividi - los para que se confrontem.
Julgamos que o freio poderia vir do próprio "molusco". Não por qualquer simpatia que o "nosso guia" possa ter pelos militares, mas pelos incômodos que a situação criada e alimentada pela sua "equipe" possa trazer para si junto à opinião pública e junto ao Estamento Militar, não só da reserva, como da ativa.
Os indícios de que o Ministro da Justiça tem, ultimamente, ultrapassado os seus limites, nos parecem bem claros.
As divergências com a Dilma, com o Dirceu, a precipitada - por isso mesmo abortada – e caríssima operação da PF e da FNS em Roraima, para a expulsão dos arrozeiros, seguida da boçal e ilegal prisão do prefeito Quartiero, de Pacaraima, as conhecidas diferenças com a própria filha, as repercussões da espetacularização das ações da Policia Federal, o "affair" com o Ministro Gilmar Mendes, que redundou na inexplicável reunião a portas fechadas do "molusco" como os envolvidos na prisão do Dantas, a posterior liberação da fajuta gravação sobre o afastamento do Protógenes, e, agora, o choque com o Ministro da Defesa, acerca da Anistia, proporcionam aos Comandantes de Força uma oportunidade ímpar para colocar o "molusco" na parede e exigir (pedir?) que ele segure seus asseclas e iniba, a partir do Palácio do Planalto, o desencadeamento de atividades como aquele Seminário, avalizado pela própria estrutura do Governo.
Acreditamos que fatos como o Seminário e suas repercussões negativas fogem ao controle e aos interesses do "nosso guia".
O "molusco" não é bobo e, por certo, titubeará diante das evidências claras de seu desgaste, e poderá "dentro de quatro paredes" desautorizar ao Ministro da Justiça a levar avante e, mesmo inibir, a realização deste tipo de debate, acintosamente eivado de parcialidade, e que traz à tona uma face negra do desgoverno, o que por certo não é do seu agrado.
Entendemos que os Comandantes de Força, devidamente, avalizados pelo Ministro da Defesa, que publicamente declarou sua posição contrária à do Tarso Genro, fato que ainda vai ser bem explorado pela imprensa, poderiam colocar o "nosso guia" numa encruzilhada, solicitando sua interferência para que o Governo não fosse mais o postulante de semelhantes despautérios.
Não temos a menor dúvida, estrategicamente aproveitada, esta é uma excelente ocasião para retirar do Governo este tipo de iniciativa.
Mas cadê peito para isso?
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
O contra-ataque dos militares aos ministros
O contra-ataque dos militares aos ministros
Agência Estado - 08/08/2008
A classe militar prestigiou em peso o seminário "A Lei de Anistia – Alcance e Conseqüências", que foi realizado ontem, no Clube Militar, no centro do Rio de Janeiro. Os participantes lotaram todas as cadeiras disponíveis. Cerca de 700 pessoas estiveram presentes. Várias tiveram de assistir em pé. Na semana passada, o ministro da Justiça, Tarso Genro e o ministro especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defenderam punições contra torturadores da ditadura militar.
Uma das ações é contra o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de chefiar um dos principais centros de tortura e assassinatos durante o regime militar, o DOI-Codi. Ele se sentou nas primeiras filas do auditório.
O presidente do Clube Militar, Gilberto Barbosa de Figueiredo, sugeriu ao ministro da Justiça que, "se for para lamber feridas", como as da Lei da Anistia, seria bom discutir "algumas mais recentes". Ele citou alguns episódios, como o do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, o escândalo do mensalão, os diversos dossiês produzidos, disse ele, por aloprados e os supostos indícios de ligações de membros da cúpula governamental com as FARCs.
Por volta de 15h30, o coronel Sergio de Avelar Coutinho listou vários atentados que teriam acontecido durante a ditadura por parte de militantes de esquerda, que chamou de "organizações terroristas". E lembrou que a Lei da Anistia "não cita os nomes de terroristas que ensangüentaram nosso País, matando mais de 100 inocentes".
Carta– O presidente do Clube Militar disse, em carta distribuída aos presentes, que há uma "estranha afeição dos companheiros do ministro com o seqüestro e os seqüestradores, um dos crimes mais infames, ao lado da tortura que o ministro tanto abomina".
Segundo ele, "todos sabem quais são, muitos dos quais estão ocupando cargos importantes no governo".
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) falou em entrevista que o presidente Lula "é conivente com a declaração de Tarso Genro porque não toma providência nenhuma". Para ele, "só um lado pode falar".
'Tarso não foi terrorista' – Ao responder a uma pergunta da platéia, o general Sérgio Augusto de Avelar Coutinho disse que não qualificaria Tarso como terrorista no período da ditadura militar no Brasil.
Sobre o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, preso em um aparelho da Aliança Libertadora Nacional (ALN), em São Paulo, em 1971 e condenado a quatro anos de prisão, disse: "Não conheço dele nenhum ato terrorista em si, mas participava da organização, esta sim extremamente terrorista."
'Extemporânea' – A mensagem dos presidentes dos clubes Naval, Militar, e da Aeronáutica, lida na tarde de ontem durante o seminário, chama de "extemporânea e fora de propósito a iniciativa de ministros do atual governo de se voltar a discutir uma lei cujos efeitos positivos se faziam sentir há bastante tempo". Sem citar diretamente os nomes dos ministros da Justiça, Tarso Genro, e dos Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, os presidentes dos clubes militares, destacaram no documento que as declarações dos ministros são consideradas "um desserviço prestado ao Brasil e com certeza ao próprio governo a que pertencem". (AE)
Agência Estado - 08/08/2008
A classe militar prestigiou em peso o seminário "A Lei de Anistia – Alcance e Conseqüências", que foi realizado ontem, no Clube Militar, no centro do Rio de Janeiro. Os participantes lotaram todas as cadeiras disponíveis. Cerca de 700 pessoas estiveram presentes. Várias tiveram de assistir em pé. Na semana passada, o ministro da Justiça, Tarso Genro e o ministro especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defenderam punições contra torturadores da ditadura militar.
Uma das ações é contra o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de chefiar um dos principais centros de tortura e assassinatos durante o regime militar, o DOI-Codi. Ele se sentou nas primeiras filas do auditório.
O presidente do Clube Militar, Gilberto Barbosa de Figueiredo, sugeriu ao ministro da Justiça que, "se for para lamber feridas", como as da Lei da Anistia, seria bom discutir "algumas mais recentes". Ele citou alguns episódios, como o do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, o escândalo do mensalão, os diversos dossiês produzidos, disse ele, por aloprados e os supostos indícios de ligações de membros da cúpula governamental com as FARCs.
Por volta de 15h30, o coronel Sergio de Avelar Coutinho listou vários atentados que teriam acontecido durante a ditadura por parte de militantes de esquerda, que chamou de "organizações terroristas". E lembrou que a Lei da Anistia "não cita os nomes de terroristas que ensangüentaram nosso País, matando mais de 100 inocentes".
Carta– O presidente do Clube Militar disse, em carta distribuída aos presentes, que há uma "estranha afeição dos companheiros do ministro com o seqüestro e os seqüestradores, um dos crimes mais infames, ao lado da tortura que o ministro tanto abomina".
Segundo ele, "todos sabem quais são, muitos dos quais estão ocupando cargos importantes no governo".
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) falou em entrevista que o presidente Lula "é conivente com a declaração de Tarso Genro porque não toma providência nenhuma". Para ele, "só um lado pode falar".
'Tarso não foi terrorista' – Ao responder a uma pergunta da platéia, o general Sérgio Augusto de Avelar Coutinho disse que não qualificaria Tarso como terrorista no período da ditadura militar no Brasil.
Sobre o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, preso em um aparelho da Aliança Libertadora Nacional (ALN), em São Paulo, em 1971 e condenado a quatro anos de prisão, disse: "Não conheço dele nenhum ato terrorista em si, mas participava da organização, esta sim extremamente terrorista."
'Extemporânea' – A mensagem dos presidentes dos clubes Naval, Militar, e da Aeronáutica, lida na tarde de ontem durante o seminário, chama de "extemporânea e fora de propósito a iniciativa de ministros do atual governo de se voltar a discutir uma lei cujos efeitos positivos se faziam sentir há bastante tempo". Sem citar diretamente os nomes dos ministros da Justiça, Tarso Genro, e dos Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, os presidentes dos clubes militares, destacaram no documento que as declarações dos ministros são consideradas "um desserviço prestado ao Brasil e com certeza ao próprio governo a que pertencem". (AE)
Clube Militar, a resposta que não quer calar
Clube Militar, a resposta que não quer calar
Diário do Comércio de SP - 08/08/2008
O militar não tem voz. Tem, sim, hierarquia. A regra é costumeiramente seguida à risca entre os da ativa. Já na reserva, a obrigação pode até não ter tamanha rigidez. Mas os membros das Forças Armadas encontraram um meio – e faz muito tempo – de romper o silêncio sempre que necessário e a qualquer momento: o Clube Militar, que há 121 anos fala em nome daqueles que não podem por dever de ofício e de lei.
Ao longo da história, a entidade fez valer sua legitimidade com a atuação na defesa de causas militares que pudessem interessar às Forças Armadas brasileira, segundo o consultor político Amaury de Souza. "Sempre que a insatisfação chegou a um alto nível entre os militares da ativa, o Clube Militar funcionou como uma caixa de ressonância. Por isso, há mais de um século tornou-se o porta-voz de quem não pode falar", diz.
Papel cumprido – Para Souza, mais uma vez a entidade cumpre seu papel ao se manifestar com intensidade diante das declarações do ministro da Justiça, Tarso Genro, que propôs rediscutir o alcance da Lei de Anistia, de 1979. "Como toda organização, o Clube Militar é político e representa os anseios dos militares. É óbvio que haveria um posicionamento", afirma. "O que acontece é que se foi mexer em uma coisa explosiva. Mas acho que o assunto não irá a lugar algum", conclui ele.
A contestação e o envolvimento em assuntos de repercussão e conseqüências nacionais fazem parte essencial da história do Clube Militar e, por diversas vezes, com reflexos diretos para o País.
No dia de sua fundação, em 26 de junho de 1887, durante a sessão solene inaugural ecoaram discursos enfáticos de oficiais da mais alta patente. Para quem nada falava, no mínimo, era um indício de que dali pra frente seria diferente.
Inquietação – O início formal, com a criação da entidade, foi precedido por uma inquietação político-militar, que se seguiu à Guerra do Paraguai – entre 1864 e 1870. À época havia um ressentimento entre os militares que lutaram ao lado da Tríplice Aliança. A chamada Questão Militar, marcada por diversos conflitos entre oficiais do Exército e políticos monarquistas e conservadores, deixou os ânimos ainda mais acirrados de 1884 a 1887.
A efervescência de idéias precisava de um canal oficial para ser exteriorizada, especialmente em um período que ainda ficaria marcado pelas campanhas abolicionista e republicana. E foi neste contexto que nasceu o Clube Militar, logo depois da fundação do Clube Naval.
O primeiro presidente da nova entidade não nega o caráter político que se desenhou de plano. Tampouco sua força. Tratava-se do Marechal Deodoro da Fonseca que, pouco tempo depois, veio a ocupar o cargo máximo da República, com a sua proclamação. Na composição do governo estavam ainda outros sócios-fundadores do Clube Militar, como o ministro da Marinha, Almirante Eduardo Wandenkolk.
Em 121 anos, a história coloca este entre um dos muitos fatos com a participação das Forças Armadas. Muitas idéias que surgiram nos Fóruns de Debates ali ganharam corpo, como são os casos do serviço militar obrigatório, do monopólio do petróleo e da revolução de 1964.
Mais recentemente, a crise energética, a participação do Brasil no continente Antártico, a ocupação racional dos espaços vazios nacionais, foram temas de grande repercussão estudados e discutidos pelo Clube Militar.
Diário do Comércio de SP - 08/08/2008
O militar não tem voz. Tem, sim, hierarquia. A regra é costumeiramente seguida à risca entre os da ativa. Já na reserva, a obrigação pode até não ter tamanha rigidez. Mas os membros das Forças Armadas encontraram um meio – e faz muito tempo – de romper o silêncio sempre que necessário e a qualquer momento: o Clube Militar, que há 121 anos fala em nome daqueles que não podem por dever de ofício e de lei.
Ao longo da história, a entidade fez valer sua legitimidade com a atuação na defesa de causas militares que pudessem interessar às Forças Armadas brasileira, segundo o consultor político Amaury de Souza. "Sempre que a insatisfação chegou a um alto nível entre os militares da ativa, o Clube Militar funcionou como uma caixa de ressonância. Por isso, há mais de um século tornou-se o porta-voz de quem não pode falar", diz.
Papel cumprido – Para Souza, mais uma vez a entidade cumpre seu papel ao se manifestar com intensidade diante das declarações do ministro da Justiça, Tarso Genro, que propôs rediscutir o alcance da Lei de Anistia, de 1979. "Como toda organização, o Clube Militar é político e representa os anseios dos militares. É óbvio que haveria um posicionamento", afirma. "O que acontece é que se foi mexer em uma coisa explosiva. Mas acho que o assunto não irá a lugar algum", conclui ele.
A contestação e o envolvimento em assuntos de repercussão e conseqüências nacionais fazem parte essencial da história do Clube Militar e, por diversas vezes, com reflexos diretos para o País.
No dia de sua fundação, em 26 de junho de 1887, durante a sessão solene inaugural ecoaram discursos enfáticos de oficiais da mais alta patente. Para quem nada falava, no mínimo, era um indício de que dali pra frente seria diferente.
Inquietação – O início formal, com a criação da entidade, foi precedido por uma inquietação político-militar, que se seguiu à Guerra do Paraguai – entre 1864 e 1870. À época havia um ressentimento entre os militares que lutaram ao lado da Tríplice Aliança. A chamada Questão Militar, marcada por diversos conflitos entre oficiais do Exército e políticos monarquistas e conservadores, deixou os ânimos ainda mais acirrados de 1884 a 1887.
A efervescência de idéias precisava de um canal oficial para ser exteriorizada, especialmente em um período que ainda ficaria marcado pelas campanhas abolicionista e republicana. E foi neste contexto que nasceu o Clube Militar, logo depois da fundação do Clube Naval.
O primeiro presidente da nova entidade não nega o caráter político que se desenhou de plano. Tampouco sua força. Tratava-se do Marechal Deodoro da Fonseca que, pouco tempo depois, veio a ocupar o cargo máximo da República, com a sua proclamação. Na composição do governo estavam ainda outros sócios-fundadores do Clube Militar, como o ministro da Marinha, Almirante Eduardo Wandenkolk.
Em 121 anos, a história coloca este entre um dos muitos fatos com a participação das Forças Armadas. Muitas idéias que surgiram nos Fóruns de Debates ali ganharam corpo, como são os casos do serviço militar obrigatório, do monopólio do petróleo e da revolução de 1964.
Mais recentemente, a crise energética, a participação do Brasil no continente Antártico, a ocupação racional dos espaços vazios nacionais, foram temas de grande repercussão estudados e discutidos pelo Clube Militar.
Brilhante Ustra na platéia
Brilhante Ustra na platéia
Marcelo/AE
Ustra, coronel reformado, conseguiu escapar do assédio da imprensa refugiando-se num banheiro
Mas se no púlpito as atenções estavam voltadas para os discursos inflamados — com direito a soco na mesa do ex-ministro do STJ, Waldemar Zveiter —, na platéia a curiosidade era a presença de Brilhante Ustra, réu em processo movido por uma família de participantes da resistência à ditadura. Maria Amélia de Almeida Teles, que disse que ela e sua irmã, marido e dois filhos foram torturados por Ustra nos anos 1970 no DOI-Codi paulista. Hoje coronel reformado do Exército, Ustra comandou, de setembro de 1970 a janeiro de 1974, o DOI-Codi de São Paulo, o maior órgão de repressão aos grupos de esquerda envolvidos na luta armada contra o regime.
Houve 502 denúncias de torturas referentes a esse período. Em agosto de 1985, a atriz e então deputada federal Bete Mendes o apontou como o homem que a torturara e pediu ao presidente José Sarney que o destituísse de seu posto na Embaixada no Uruguai. “Querem fazer dele (Ustra) um alvo enigmático da tortura no Brasil”, disse o general Sérgio Augusto Coutinho, sem citar seu nome.
“Esqueceram os crimes hediondos dos terroristas, que assassinaram, explodiram e seqüestraram”, discursou, sob aplausos. Ele criticou a “satanização” das Forças Armadas, referiu-se a atos de tortura como “supostos”, justificou o AI-5 (Ato Institucional número 5, o mais duro do regime militar) e lamentou o desejo de “continuísmo” do governo Lula. “Há no Brasil um processo revolucionário socialista em curso”, caracterizou. Depois da tarde de debate quente, o Clube Militar ofereceu uma programação mais leve aos seus oficiais: um show de bossa nova e um queijos e vinhos com o cantor Pery Ribeiro.
Marcelo/AE
Ustra, coronel reformado, conseguiu escapar do assédio da imprensa refugiando-se num banheiro
Mas se no púlpito as atenções estavam voltadas para os discursos inflamados — com direito a soco na mesa do ex-ministro do STJ, Waldemar Zveiter —, na platéia a curiosidade era a presença de Brilhante Ustra, réu em processo movido por uma família de participantes da resistência à ditadura. Maria Amélia de Almeida Teles, que disse que ela e sua irmã, marido e dois filhos foram torturados por Ustra nos anos 1970 no DOI-Codi paulista. Hoje coronel reformado do Exército, Ustra comandou, de setembro de 1970 a janeiro de 1974, o DOI-Codi de São Paulo, o maior órgão de repressão aos grupos de esquerda envolvidos na luta armada contra o regime.
Houve 502 denúncias de torturas referentes a esse período. Em agosto de 1985, a atriz e então deputada federal Bete Mendes o apontou como o homem que a torturara e pediu ao presidente José Sarney que o destituísse de seu posto na Embaixada no Uruguai. “Querem fazer dele (Ustra) um alvo enigmático da tortura no Brasil”, disse o general Sérgio Augusto Coutinho, sem citar seu nome.
“Esqueceram os crimes hediondos dos terroristas, que assassinaram, explodiram e seqüestraram”, discursou, sob aplausos. Ele criticou a “satanização” das Forças Armadas, referiu-se a atos de tortura como “supostos”, justificou o AI-5 (Ato Institucional número 5, o mais duro do regime militar) e lamentou o desejo de “continuísmo” do governo Lula. “Há no Brasil um processo revolucionário socialista em curso”, caracterizou. Depois da tarde de debate quente, o Clube Militar ofereceu uma programação mais leve aos seus oficiais: um show de bossa nova e um queijos e vinhos com o cantor Pery Ribeiro.
Exército protesta contra revisão de Anistia e ataca "terroristas"
Exército protesta contra revisão de Anistia e ataca "terroristas"
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O Estado de São Paulo - 08/08/2008
Em meio à polêmica de rediscussão da Lei da Anistia para permitir punição a acusados de tortura, o Comando Militar do Leste -cujas tropas abrangem os Estados do Rio, Minas Gerais e Espírito Santo- divulgou mensagem de solidariedade aos militares que se opuseram a "agitadores e terroristas de armas na mão".
O CML colocou em destaque na sua página oficial na internet -sob o brasão do Exército Brasileiro- texto datado de 1983 e atribuído ao general-de-Exército Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, ministro do Exército no governo João Figueiredo (1979-1985, período em que foi feita a Lei da Anistia). "Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas de armas na mão, para que a nação não fosse levada à anarquia", diz a frase destacada.
O CML é comandado pelo general-de-Exército Luiz Cesário Silveira Filho, integrante do Alto Comando da Força.
Trata-se da primeira resposta do oficialato da ativa à proposta do ministro da Justiça, Tarso Genro, que defende a revisão da Lei de Anistia (1979) para quem praticou tortura no Regime Militar (1964-1985).
Ontem, Cesário e o diretor de Ensino do Exército, Paulo César de Castro (também do Alto Comando), foram à sessão de palestras no Clube Militar, em que militares da reserva atacaram a revisão da Lei da Anistia e o governo federal.
O evento ocorreu sob protesto de representantes do Grupo Tortura Nunca Mais de Goiás e da União Nacional dos Estudantes (UNE), em frente ao Clube Militar. Houve bate-boca entre manifestantes, militares, simpatizantes e até o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). "O grande erro foi ter torturado e não matado", disse. Sob os gritos de "assassino" e "torturador", Bolsonaro dizia: "Fodam-se!"
Filho de coronel e aspirante de Cavalaria da turma de 1964, o comandante do CML já tinha sido porta-voz informal do Alto Comando em outra reunião no Clube Militar, após a concessão da patente de coronel ao guerrilheiro da Vanguarda Popular Revolucionária Carlos Lamarca, que desertou em 1969.
Estava presente o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, alvo de ação civil pública do Ministério Público Federal, sob a acusação de tortura, assassinatos e desaparecimentos.
Em palestra, o general da reserva Sérgio Coutinho primeiro afirmou que não citaria, "por fidelidade à Lei de Anistia", nomes dos "terroristas que ensangüentaram nosso país", mas acabou, ao fim, lendo as fichas dos arquivos do Exército atribuindo crimes aos ministros Tarso Genro e Paulo Vanucchi (Direitos Humanos).
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O Estado de São Paulo - 08/08/2008
Em meio à polêmica de rediscussão da Lei da Anistia para permitir punição a acusados de tortura, o Comando Militar do Leste -cujas tropas abrangem os Estados do Rio, Minas Gerais e Espírito Santo- divulgou mensagem de solidariedade aos militares que se opuseram a "agitadores e terroristas de armas na mão".
O CML colocou em destaque na sua página oficial na internet -sob o brasão do Exército Brasileiro- texto datado de 1983 e atribuído ao general-de-Exército Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, ministro do Exército no governo João Figueiredo (1979-1985, período em que foi feita a Lei da Anistia). "Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas de armas na mão, para que a nação não fosse levada à anarquia", diz a frase destacada.
O CML é comandado pelo general-de-Exército Luiz Cesário Silveira Filho, integrante do Alto Comando da Força.
Trata-se da primeira resposta do oficialato da ativa à proposta do ministro da Justiça, Tarso Genro, que defende a revisão da Lei de Anistia (1979) para quem praticou tortura no Regime Militar (1964-1985).
Ontem, Cesário e o diretor de Ensino do Exército, Paulo César de Castro (também do Alto Comando), foram à sessão de palestras no Clube Militar, em que militares da reserva atacaram a revisão da Lei da Anistia e o governo federal.
O evento ocorreu sob protesto de representantes do Grupo Tortura Nunca Mais de Goiás e da União Nacional dos Estudantes (UNE), em frente ao Clube Militar. Houve bate-boca entre manifestantes, militares, simpatizantes e até o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). "O grande erro foi ter torturado e não matado", disse. Sob os gritos de "assassino" e "torturador", Bolsonaro dizia: "Fodam-se!"
Filho de coronel e aspirante de Cavalaria da turma de 1964, o comandante do CML já tinha sido porta-voz informal do Alto Comando em outra reunião no Clube Militar, após a concessão da patente de coronel ao guerrilheiro da Vanguarda Popular Revolucionária Carlos Lamarca, que desertou em 1969.
Estava presente o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, alvo de ação civil pública do Ministério Público Federal, sob a acusação de tortura, assassinatos e desaparecimentos.
Em palestra, o general da reserva Sérgio Coutinho primeiro afirmou que não citaria, "por fidelidade à Lei de Anistia", nomes dos "terroristas que ensangüentaram nosso país", mas acabou, ao fim, lendo as fichas dos arquivos do Exército atribuindo crimes aos ministros Tarso Genro e Paulo Vanucchi (Direitos Humanos).
FICHAS DE TARSO E VANNUCHI
FICHAS DE TARSO E VANNUCHI
O Estado de S.Paulo - 08/08/2008
A pedido do general Gilberto Figueiredo, presidente do Clube Militar, o general Coutinho falou da atuação dos dois ministros durante a ditadura militar. Disse que Tarso Genro, quando jovem, integrou a ala vermelha do Partido Comunista Brasileiro, que posteriormente se aliou a Vanguarda Armada Revolucionária (VAR-Palmares). "Por essa militância foi chamado a depor duas vezes, muito provavelmente no Dops, e quando pressentiu que seria chamado pela terceira vez foi para fora do país", disse o general, acrescentado que o atual ministro voltou ao país com intermediação de "duas figuras ligadas à revolução de 64", que o indicaram para fazer curso no CPOR.
Ainda segundo o general, após seu retorno Tarso se filiou ao MDB mas tinha "dupla militância" com o "trotskista" PCO. "Em 1979, entrou na ala "os organizados", do PT".
Quanto a Vannuchi, o general disse que pertenceu à ALN, "dissidência do PCB comandada por Carlos Marighela", e foi preso em 1971, em "um aparelho" em São Paulo. Vannuchi, completou o general, foi julgado pela Lei de Segurança Nacional, condenado a quatro anos de prisão e libertado em 1976.
"Não conheço ato terrorista dele, mas a militância em organização extremamente terrorista, com todos os seus integrantes divididos em exércitos. Zé Dirceu pertencia ao terceiro exército", afirmou o general, mencionando o ex-ministro da Casa Civil.
Com discurso radical, o general Coutinho vislumbrou uma "satanização" das Forças Armadas e uma tentativa de se implantar o socialismo por via democrática.
O general Leônidas Pires Gonçalves, ex-ministro do Exército, classificou a manifestação dos ministros de "recalque pessoal transformado em problema jurídico nacional".
Ministro no governo de José Sarney, o primeiro após a redemocratização do país, Leônidas evocou o argumento de que a tipificação do crime de tortura só passou a existir em 1997, depois da Lei de Anistia, e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia repetir o rei Juan Carlos e dizer a seus ministros "por que não se calam?"
O general Zenildo Lucena, ministro do Exército no governo de Fernando Henrique Cardoso, disse não acreditar em envolvimento pessoal do presidente Lula com a proposta dos ministros. "Isso é coisa de membros do PT mais radicais."
O presidente do Clube Militar classificou de "inoportuna e extemporânea" a iniciativa dos ministros e disse que a mudança da lei faria "voltar mágoas que não interessam a ninguém".
"Sequestros e assaltos estão todos registrados e tortura não tem registro. A comprovação é mais difícil. O outro lado tem mais a perder", afirmou o general Gilberto Figueiredo.
O Estado de S.Paulo - 08/08/2008
A pedido do general Gilberto Figueiredo, presidente do Clube Militar, o general Coutinho falou da atuação dos dois ministros durante a ditadura militar. Disse que Tarso Genro, quando jovem, integrou a ala vermelha do Partido Comunista Brasileiro, que posteriormente se aliou a Vanguarda Armada Revolucionária (VAR-Palmares). "Por essa militância foi chamado a depor duas vezes, muito provavelmente no Dops, e quando pressentiu que seria chamado pela terceira vez foi para fora do país", disse o general, acrescentado que o atual ministro voltou ao país com intermediação de "duas figuras ligadas à revolução de 64", que o indicaram para fazer curso no CPOR.
Ainda segundo o general, após seu retorno Tarso se filiou ao MDB mas tinha "dupla militância" com o "trotskista" PCO. "Em 1979, entrou na ala "os organizados", do PT".
Quanto a Vannuchi, o general disse que pertenceu à ALN, "dissidência do PCB comandada por Carlos Marighela", e foi preso em 1971, em "um aparelho" em São Paulo. Vannuchi, completou o general, foi julgado pela Lei de Segurança Nacional, condenado a quatro anos de prisão e libertado em 1976.
"Não conheço ato terrorista dele, mas a militância em organização extremamente terrorista, com todos os seus integrantes divididos em exércitos. Zé Dirceu pertencia ao terceiro exército", afirmou o general, mencionando o ex-ministro da Casa Civil.
Com discurso radical, o general Coutinho vislumbrou uma "satanização" das Forças Armadas e uma tentativa de se implantar o socialismo por via democrática.
O general Leônidas Pires Gonçalves, ex-ministro do Exército, classificou a manifestação dos ministros de "recalque pessoal transformado em problema jurídico nacional".
Ministro no governo de José Sarney, o primeiro após a redemocratização do país, Leônidas evocou o argumento de que a tipificação do crime de tortura só passou a existir em 1997, depois da Lei de Anistia, e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia repetir o rei Juan Carlos e dizer a seus ministros "por que não se calam?"
O general Zenildo Lucena, ministro do Exército no governo de Fernando Henrique Cardoso, disse não acreditar em envolvimento pessoal do presidente Lula com a proposta dos ministros. "Isso é coisa de membros do PT mais radicais."
O presidente do Clube Militar classificou de "inoportuna e extemporânea" a iniciativa dos ministros e disse que a mudança da lei faria "voltar mágoas que não interessam a ninguém".
"Sequestros e assaltos estão todos registrados e tortura não tem registro. A comprovação é mais difícil. O outro lado tem mais a perder", afirmou o general Gilberto Figueiredo.
Militares repudiam ministros e lembram passado de luta armada
Militares repudiam ministros e lembram passado de luta armada
REUTERS
O Estado de S.Paulo - 08/08/2008
RIO DE JANEIRO - Militares da reserva classificaram de revanchismo a intenção de integrantes do governo de excluir torturadores da Lei da Anistia, mencionando o envolvimento de ministros com a luta armada contra o regime militar.
Reunidos em ato no Clube Militar, ex-oficiais e ex-ministros repudiaram a posição defendida pelos ministro da Justiça, Tarso Genro, e dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, de que a Lei da Anistia não deve valer para torturadores. Os ministros alegam que a tortura não é crime político, perdoado pela anistia, e sim crime hediondo.
"Isso faz parte de um revanchismo organizado que começa depois de 1979 no nosso país", afirmou o general Sérgio Augusto Coutinho, referindo-se ao ano de promulgação da Lei da Anistia.
Ex-chefe do Centro de Inteligência do Exército, o general Coutinho afirmou que a anistia foi uma tentativa de conciliar o país, o que não estaria sendo aceito pelos que a questionam agora.
"(A lei) era para marxistas-leninistas, maus, perversos, que não perdoaram a derrota que sofreram e que ocupam cargos de alto escalão no Estado", afirmou sob aplausos de uma platéia de cerca de 300 militares, entre eles o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi de São Paulo nos anos 70, acusado de ter torturado militantes de esquerda.
O general Coutinho mencionou a presença de Brilhante Ustra, dizendo que uma atriz (Beth Mendes) "fingiu" que o reconheceu e declarou que havia sido barbaramente torturada por ele.
"Ele virou emblema da tortura e não descansarão enquanto não fizerem dele o monstro de Sarajevo", disse o militar em alusão ao ex-líder sérvio Radovan Karadzic, acusado de responsável por milhares de mortes na guerra da Bósnia e que está sendo julgado pelo Tribunal Penal Internacional.
REUTERS
O Estado de S.Paulo - 08/08/2008
RIO DE JANEIRO - Militares da reserva classificaram de revanchismo a intenção de integrantes do governo de excluir torturadores da Lei da Anistia, mencionando o envolvimento de ministros com a luta armada contra o regime militar.
Reunidos em ato no Clube Militar, ex-oficiais e ex-ministros repudiaram a posição defendida pelos ministro da Justiça, Tarso Genro, e dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, de que a Lei da Anistia não deve valer para torturadores. Os ministros alegam que a tortura não é crime político, perdoado pela anistia, e sim crime hediondo.
"Isso faz parte de um revanchismo organizado que começa depois de 1979 no nosso país", afirmou o general Sérgio Augusto Coutinho, referindo-se ao ano de promulgação da Lei da Anistia.
Ex-chefe do Centro de Inteligência do Exército, o general Coutinho afirmou que a anistia foi uma tentativa de conciliar o país, o que não estaria sendo aceito pelos que a questionam agora.
"(A lei) era para marxistas-leninistas, maus, perversos, que não perdoaram a derrota que sofreram e que ocupam cargos de alto escalão no Estado", afirmou sob aplausos de uma platéia de cerca de 300 militares, entre eles o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi de São Paulo nos anos 70, acusado de ter torturado militantes de esquerda.
O general Coutinho mencionou a presença de Brilhante Ustra, dizendo que uma atriz (Beth Mendes) "fingiu" que o reconheceu e declarou que havia sido barbaramente torturada por ele.
"Ele virou emblema da tortura e não descansarão enquanto não fizerem dele o monstro de Sarajevo", disse o militar em alusão ao ex-líder sérvio Radovan Karadzic, acusado de responsável por milhares de mortes na guerra da Bósnia e que está sendo julgado pelo Tribunal Penal Internacional.
General pede que Lula diga a Tarso: 'Por qué no te callas?'
General pede que Lula diga a Tarso: 'Por qué no te callas?'
Leônidas Pires Gonçalves usou frase de rei espanhol a Chávez; ele participa de reunião do Clube Militar no Rio
O Estado de S.Paulo - 08/08/2008
RIO - O ex-ministro do Exército no governo José Sarney, primeiro governo civil depois da ditadura militar, Leônidas Pires Gonçalves, disse em entrevista coletiva durante evento no Clube Militar, no Rio, que o presidente Lula deveria dizer aos ministros da Justiça, Tarso Genro e da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi , "aquela frase já conhecida no mundo: por que não te calas?".
Ele citou a frase do rei espanhol Juan Carlos, dirigida ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O general reformado disse ter ficado decepcionado com o comportamento dos ministros que, na sua opinião, "tentaram equivocadamente renovar o confronto ideológico superado nos anos 60 e 70".
De acordo com ele, os ministros "deveriam ser mais patriotas". Ele considera que Tarso e Vanuchi "tentaram transformar em problema nacional um recalque pessoal de derrotados ideologicamente".
Gonçalves não quis comentar insinuações de golpe feitas por um advogado participante do evento. "Desculpe, não ouvi", afirmou. Ele comentou que durante a sua gestão como ministro, a meta era reforçar o profissionalismo e a modernidade do Exército com afastamento das armas das atividades políticas. "O Exército não foi feito para politicagem, mas para defender os interesses grandes do Brasil", afirmou.
Leônidas Pires Gonçalves usou frase de rei espanhol a Chávez; ele participa de reunião do Clube Militar no Rio
O Estado de S.Paulo - 08/08/2008
RIO - O ex-ministro do Exército no governo José Sarney, primeiro governo civil depois da ditadura militar, Leônidas Pires Gonçalves, disse em entrevista coletiva durante evento no Clube Militar, no Rio, que o presidente Lula deveria dizer aos ministros da Justiça, Tarso Genro e da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi , "aquela frase já conhecida no mundo: por que não te calas?".
Ele citou a frase do rei espanhol Juan Carlos, dirigida ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O general reformado disse ter ficado decepcionado com o comportamento dos ministros que, na sua opinião, "tentaram equivocadamente renovar o confronto ideológico superado nos anos 60 e 70".
De acordo com ele, os ministros "deveriam ser mais patriotas". Ele considera que Tarso e Vanuchi "tentaram transformar em problema nacional um recalque pessoal de derrotados ideologicamente".
Gonçalves não quis comentar insinuações de golpe feitas por um advogado participante do evento. "Desculpe, não ouvi", afirmou. Ele comentou que durante a sua gestão como ministro, a meta era reforçar o profissionalismo e a modernidade do Exército com afastamento das armas das atividades políticas. "O Exército não foi feito para politicagem, mas para defender os interesses grandes do Brasil", afirmou.
Na presença do comandante do Leste, militares fazem ato contra Tarso
Na presença do comandante do Leste, militares fazem ato contra Tarso
Evento no Clube Militar reage à possibilidade de mudança na Lei da Anistia para punir torturadores
Adriana Chiarini e Clarissa Thomé, RIO
O Estado de São Paulo - 08/08/2008
Militares da reserva e da ativa, entre eles o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, transformaram ontem o seminário A Lei da Anistia - Alcance e Conseqüências, no Clube Militar, em ato público contra a possibilidade de punição para torturadores de presos na ditadura militar. A idéia, defendida pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, tem causado reação de ex-integrantes do regime militar e mesmo dentro das Forças Armadas.
Todos os militares estavam à paisana. O presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, negou ter recebido pressões do governo para esvaziar o evento. "A maioria está à paisana porque é da reserva", disse. O general Cesário, que também não usava uniforme, recusou-se a dar entrevista. "Quem fala em nome do Exército é o comandante do Exército. Eu vim como pessoa física", afirmou.
O tom do encontro foi dado por Figueiredo: a esquerda tem mais a perder se a Lei de Anistia for questionada. "Os crimes que eles praticaram estão todos registrados. E as torturas não estão. Ninguém escreveu: hoje torturei fulano e sicrano. Já os processos contra os guerrilheiros estão registrados nos tribunais."
Ao contrário do que tinha sido divulgado, não houve apresentação de fotografias e perfis de ministros e integrantes do governo que participaram da luta armada. O general Sérgio Coutinho, o primeiro debatedor da tarde e um dos diretores do Clube Militar, disse que não citaria "os nomes dos terroristas que ensangüentaram o País". "Nesse auditório, muitos sabem que estão ocupando cargos importantes, no gozo da anistia da qual foram beneficiados", alfinetou.
Mas citou episódios como o roubo do cofre do governador paulista Adhemar de Barros, que teria rendido US$ 2,5 milhões à guerrilha. Também lembrou o caso em que "uma deputada federal finge que reconhece o adido da embaixada brasileira no Uruguai como o homem que a torturou". O general Coutinho referia-se ao episódio em que a atriz e então deputada federal Bete Mendes reencontrou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-integrante do DOI-Codi em São Paulo que responde a ação civil pública por tortura. Ele também se recusou a dar entrevista.
O advogado Antônio José Ribas Paiva, apresentado como consultor jurídico da União Democrática Ruralista (UDR), afirmou que eleições, isoladamente, não garantem a democracia. "Vivemos sob a ditadura do crime organizado", declarou. Paiva também afirmou que as verbas que abastecem o caixa 2 de campanhas políticas vêm do tráfico de drogas e da prostituição infantil.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Waldemar Zveiter foi bem mais comedido. Lembrou que o crime de tortura foi tipificado somente em 1997, portanto não poderia ter sido citado na Lei de Anistia, que é de 1979. "O povo brasileiro decidiu se autoperdoar e não se pode fazer distinção entre o povo brasileiro civil e o povo brasileiro fardado."
Do lado de fora do Clube Militar, estudantes e membros do grupo Tortura Nunca Mais de Goiás fizeram uma manifestação.
CRÍTICA
O presidente em exercício, José Alencar, discordou ontem em Brasília de Tarso. "Este não é um assunto do Executivo. Os juristas defendem a tese de que este assunto é eminentemente do Judiciário, de modo que não cabe ao Executivo entrar nessa matéria", afirmou, seguindo a linha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não quer alimentar a polêmica.
Evento no Clube Militar reage à possibilidade de mudança na Lei da Anistia para punir torturadores
Adriana Chiarini e Clarissa Thomé, RIO
O Estado de São Paulo - 08/08/2008
Militares da reserva e da ativa, entre eles o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, transformaram ontem o seminário A Lei da Anistia - Alcance e Conseqüências, no Clube Militar, em ato público contra a possibilidade de punição para torturadores de presos na ditadura militar. A idéia, defendida pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, tem causado reação de ex-integrantes do regime militar e mesmo dentro das Forças Armadas.
Todos os militares estavam à paisana. O presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, negou ter recebido pressões do governo para esvaziar o evento. "A maioria está à paisana porque é da reserva", disse. O general Cesário, que também não usava uniforme, recusou-se a dar entrevista. "Quem fala em nome do Exército é o comandante do Exército. Eu vim como pessoa física", afirmou.
O tom do encontro foi dado por Figueiredo: a esquerda tem mais a perder se a Lei de Anistia for questionada. "Os crimes que eles praticaram estão todos registrados. E as torturas não estão. Ninguém escreveu: hoje torturei fulano e sicrano. Já os processos contra os guerrilheiros estão registrados nos tribunais."
Ao contrário do que tinha sido divulgado, não houve apresentação de fotografias e perfis de ministros e integrantes do governo que participaram da luta armada. O general Sérgio Coutinho, o primeiro debatedor da tarde e um dos diretores do Clube Militar, disse que não citaria "os nomes dos terroristas que ensangüentaram o País". "Nesse auditório, muitos sabem que estão ocupando cargos importantes, no gozo da anistia da qual foram beneficiados", alfinetou.
Mas citou episódios como o roubo do cofre do governador paulista Adhemar de Barros, que teria rendido US$ 2,5 milhões à guerrilha. Também lembrou o caso em que "uma deputada federal finge que reconhece o adido da embaixada brasileira no Uruguai como o homem que a torturou". O general Coutinho referia-se ao episódio em que a atriz e então deputada federal Bete Mendes reencontrou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-integrante do DOI-Codi em São Paulo que responde a ação civil pública por tortura. Ele também se recusou a dar entrevista.
O advogado Antônio José Ribas Paiva, apresentado como consultor jurídico da União Democrática Ruralista (UDR), afirmou que eleições, isoladamente, não garantem a democracia. "Vivemos sob a ditadura do crime organizado", declarou. Paiva também afirmou que as verbas que abastecem o caixa 2 de campanhas políticas vêm do tráfico de drogas e da prostituição infantil.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Waldemar Zveiter foi bem mais comedido. Lembrou que o crime de tortura foi tipificado somente em 1997, portanto não poderia ter sido citado na Lei de Anistia, que é de 1979. "O povo brasileiro decidiu se autoperdoar e não se pode fazer distinção entre o povo brasileiro civil e o povo brasileiro fardado."
Do lado de fora do Clube Militar, estudantes e membros do grupo Tortura Nunca Mais de Goiás fizeram uma manifestação.
CRÍTICA
O presidente em exercício, José Alencar, discordou ontem em Brasília de Tarso. "Este não é um assunto do Executivo. Os juristas defendem a tese de que este assunto é eminentemente do Judiciário, de modo que não cabe ao Executivo entrar nessa matéria", afirmou, seguindo a linha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não quer alimentar a polêmica.
Militares defendem a Lei de Anistia, em seminário no Rio
Militares defendem a Lei de Anistia, em seminário no Rio
Paulo Marcio Vaz, Jornal do Brasil
JB Online - 08/08/2008
RIO - Dentro do banheiro do Clube Militar, no Centro do Rio de Janeiro, o coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ulstra sabia que um batalhão de jornalistas o esperava na porta para que ele pudesse, quem sabe, se explicar a respeito das acusações feitas por ex-presos políticos, de que seria um dos principais torturadores da época da ditadura militar brasileira. Porém, ao sair e ser abordado, Ulstra disse apenas o que já se esperava dele:
– Nada a declarar.
E foi repetindo a frase até que o deixassem em paz.
A cena, rara e insólita, se deu durante o intervalo de um seminário promovido pelo Clube Militar, que serviu para os militares se pronunciarem contra a proposta dos ministros da Justiça, Tarso Genro, e dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, sobre uma possível punição para os torturadores da época da ditadura, apesar da Lei da Anistia.
Além de Ulstra, também estiveram presentes – todos à paisana – ex-colegas de farda e alguns militares da ativa, como o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho, que evitou dar declarações sobre a polêmica.
O principal argumento em defesa da Lei da Anistia – e contra a punição aos torturadores – foi dado pelo ex-ministro do STJ, Waldemar Zveiter:
– Quando a Lei da Anistia foi promulgada, não existia a tipificação do crime de tortura, o que só ocorreu em 1997.
No seminário, não faltaram críticas ao governo federal e até acusações de envolvimento de alguns ministros com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Do lado de fora do Clube, estudantes e parentes de desaparecidos políticos protestaram e chegaram a bater boca com militares.
Paulo Marcio Vaz, Jornal do Brasil
JB Online - 08/08/2008
RIO - Dentro do banheiro do Clube Militar, no Centro do Rio de Janeiro, o coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ulstra sabia que um batalhão de jornalistas o esperava na porta para que ele pudesse, quem sabe, se explicar a respeito das acusações feitas por ex-presos políticos, de que seria um dos principais torturadores da época da ditadura militar brasileira. Porém, ao sair e ser abordado, Ulstra disse apenas o que já se esperava dele:
– Nada a declarar.
E foi repetindo a frase até que o deixassem em paz.
A cena, rara e insólita, se deu durante o intervalo de um seminário promovido pelo Clube Militar, que serviu para os militares se pronunciarem contra a proposta dos ministros da Justiça, Tarso Genro, e dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, sobre uma possível punição para os torturadores da época da ditadura, apesar da Lei da Anistia.
Além de Ulstra, também estiveram presentes – todos à paisana – ex-colegas de farda e alguns militares da ativa, como o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho, que evitou dar declarações sobre a polêmica.
O principal argumento em defesa da Lei da Anistia – e contra a punição aos torturadores – foi dado pelo ex-ministro do STJ, Waldemar Zveiter:
– Quando a Lei da Anistia foi promulgada, não existia a tipificação do crime de tortura, o que só ocorreu em 1997.
No seminário, não faltaram críticas ao governo federal e até acusações de envolvimento de alguns ministros com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Do lado de fora do Clube, estudantes e parentes de desaparecidos políticos protestaram e chegaram a bater boca com militares.
Militares protestam no Rio contra possível revisão da Lei de Anistia
Militares protestam no Rio contra possível revisão da Lei de Anistia
Vladimir Platonow, Agência Brasil
JB Online - 08/08/2008
RIO - Cerca de 700 oficiais da Marinha, Exército e Aeronáutica se reuniram nesta quinta-feira, no Clube Militar, no Rio de Janeiro, para protestar contra a possibilidade de revisão da Lei de Anistia, que pode levar à punição de acusados de torturas e outros crimes contra presos políticos durante o regime militar.
Na platéia, estavam o comandante do Comando Militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho, e o coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra. O militar da reserva é acusado por entidades de direitos humanos de ser um dos torturadores do Doi-Codi (Departamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo. O Doi-Codi foi um órgão de repressão aos militantes que se opuseram à ditadura. Nenhum dos dois quis falar com os jornalistas, limitando-se a dizer: “Nada a declarar”.
Em nota divulgada ao final da reunião, os militares dizem que “causou espanto a extemporânea e fora de propósito iniciativa de ministros do atual governo de se voltar a discutir uma lei cujos efeitos positivos se faziam sentir há bastante tempo. Foi um desserviço prestado ao Brasil e com certeza ao próprio governo a que pertencem”.
O texto afirma ainda que “se houvesse mesmo interesse em debater problemas nacionais, os dois ministros deveriam optar por algo mais atual e que incomoda em maior intensidade: os inúmeros escândalos protagonizados por figuras da cúpula governamental, ou ainda mais recentemente a gravíssima suspeita de envolvimento de alguns deles com as Farc".
A nota não menciona os nomes dos ministros a que se refere, mas, segundo o presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Figueiredo, eles são os da Justiça, Tarso Genro, e dos Dirteitos Humanos, Paulo Vanucchi.
Na saída do evento, manifestantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do grupo Tortura Nunca Mais protestaram na porta do Clube Militar e chegaram a bater boca com participantes da reunião.
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), capitão reformado do Exército, irritou-se e xingou os manifestantes, dizendo: “O único erro foi torturar e não matar”.
Vladimir Platonow, Agência Brasil
JB Online - 08/08/2008
RIO - Cerca de 700 oficiais da Marinha, Exército e Aeronáutica se reuniram nesta quinta-feira, no Clube Militar, no Rio de Janeiro, para protestar contra a possibilidade de revisão da Lei de Anistia, que pode levar à punição de acusados de torturas e outros crimes contra presos políticos durante o regime militar.
Na platéia, estavam o comandante do Comando Militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira Filho, e o coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra. O militar da reserva é acusado por entidades de direitos humanos de ser um dos torturadores do Doi-Codi (Departamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo. O Doi-Codi foi um órgão de repressão aos militantes que se opuseram à ditadura. Nenhum dos dois quis falar com os jornalistas, limitando-se a dizer: “Nada a declarar”.
Em nota divulgada ao final da reunião, os militares dizem que “causou espanto a extemporânea e fora de propósito iniciativa de ministros do atual governo de se voltar a discutir uma lei cujos efeitos positivos se faziam sentir há bastante tempo. Foi um desserviço prestado ao Brasil e com certeza ao próprio governo a que pertencem”.
O texto afirma ainda que “se houvesse mesmo interesse em debater problemas nacionais, os dois ministros deveriam optar por algo mais atual e que incomoda em maior intensidade: os inúmeros escândalos protagonizados por figuras da cúpula governamental, ou ainda mais recentemente a gravíssima suspeita de envolvimento de alguns deles com as Farc".
A nota não menciona os nomes dos ministros a que se refere, mas, segundo o presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Figueiredo, eles são os da Justiça, Tarso Genro, e dos Dirteitos Humanos, Paulo Vanucchi.
Na saída do evento, manifestantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do grupo Tortura Nunca Mais protestaram na porta do Clube Militar e chegaram a bater boca com participantes da reunião.
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), capitão reformado do Exército, irritou-se e xingou os manifestantes, dizendo: “O único erro foi torturar e não matar”.
O alvo da IV Frota é o petróleo
O alvo da IV Frota é o petróleo
O Globo - 08/08/2008
Ilmar Franco
Nem razões humanitárias nem combate ao narcotráfico. Nos encontros com o Comando Sul das Forças Armadas americanas, o ministro Nelson Jobim (Defesa) recebeu a informação de que a IV Frota foi reativada para reforçar a segurança no Atlântico Sul. Os americanos disseram que, com a instabilidade permanente no Oriente Médio, e com as imensas reservas de petróleo no pré-sal, o Brasil poderá substituir a Arábia Saudita como principal fornecedor dos EUA.
O Globo - 08/08/2008
Ilmar Franco
Nem razões humanitárias nem combate ao narcotráfico. Nos encontros com o Comando Sul das Forças Armadas americanas, o ministro Nelson Jobim (Defesa) recebeu a informação de que a IV Frota foi reativada para reforçar a segurança no Atlântico Sul. Os americanos disseram que, com a instabilidade permanente no Oriente Médio, e com as imensas reservas de petróleo no pré-sal, o Brasil poderá substituir a Arábia Saudita como principal fornecedor dos EUA.
Cheiro de passado
Cheiro de passado
Estudantes e militares batem boca e trocam acusações em frente ao Clube Militar
O Globo - 08/08/2008
Uma confronto de palavras e gestos, fora de época, lembrava antigos conflitos, em frente ao prédio do Clube Militar, na Avenida Rio Branco, Centro do Rio. De um lado, cerca de 20 jovens da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrantes do grupo Tortura Nunca Mais de Goiás; de outro, militares da reserva, recém-saídos do seminário "A lei da Anistia - Alcances e Conseqüências". Faixas e gritos exibiam o confronto de idéias: "A ditadura militar seqüestrou, torturou e matou. A sociedade exige punição", dizia um dos cartazes. O clima ficou tenso quando os primeiros militares saíram do prédio. Houve bate-boca com troca de acusações. Manifestantes gritavam contra a tortura, e militares os chamavam de comunistas. Para o vice-presidente da UNE, Tales de Castro Cassiano, a Lei da Anistia foi que chamou de "um grande acordo":
- A tortura é um crime comum, é contra a humanidade. A cultura da impunidade se deu com a ditadura.
O comandante Militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, foi chamado no meio do simpósio para receber a informação de que manifestantes protestavam contra a tortura. Ao chegar no corredor, determinou, aparentando nervosismo, que auxiliares chamassem "a polícia", que já patrulhava a região. O general só mudou de idéia quando uma pessoa disse que não eram mais do que dez pessoas com algumas faixas e cartazes. Mais calmo, comentou com auxiliares que não tinha problema e voltou ao salão para acompanhar a palestra.
Lá fora, no entanto, a tensão permanecia. A Polícia Militar recebeu reforço de dez homens. Soldados da Polícia do Exército estavam na avenida desde cedo aguardando a movimentação. De acordo com Waldomiro Batista, presidente do Tortura Nunca Mais goiano, a idéia era fazer uma manifestação pacífica. O movimento, no Rio, decidiu não se manifestou para não validar o ato dos militares.
Irmão do jovem Marco Antônio Baptista, de 15 anos, desaparecido em 1970, vítima da ditadura, ele afirma que é hora de o Brasil virar essa página da história:
- Esse é um velório que não acaba. É o mais longo da história do Brasil .
O tenente-coronel Lício Maciel, que prendeu o deputado federal José Genoíno, na época da ditadura militar, reclamava que não recebeu os mesmos benefícios dos torturados:
- Eu combati a guerrilha e sou um cara pobre - disse, fazendo acusações a integrantes do governo.
O capitão-de-mar-e-guerra reformado Jorge Barganine, um dos mais inflamados ao sair do prédio, gritava que "assassinato também é crime". Ele afirmou que é "indiscutivelmente contra" a tortura:
- Mas também sou contra os que quiseram ocupar o poder matando gente - disse o militar.
Estudantes e militares batem boca e trocam acusações em frente ao Clube Militar
O Globo - 08/08/2008
Uma confronto de palavras e gestos, fora de época, lembrava antigos conflitos, em frente ao prédio do Clube Militar, na Avenida Rio Branco, Centro do Rio. De um lado, cerca de 20 jovens da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrantes do grupo Tortura Nunca Mais de Goiás; de outro, militares da reserva, recém-saídos do seminário "A lei da Anistia - Alcances e Conseqüências". Faixas e gritos exibiam o confronto de idéias: "A ditadura militar seqüestrou, torturou e matou. A sociedade exige punição", dizia um dos cartazes. O clima ficou tenso quando os primeiros militares saíram do prédio. Houve bate-boca com troca de acusações. Manifestantes gritavam contra a tortura, e militares os chamavam de comunistas. Para o vice-presidente da UNE, Tales de Castro Cassiano, a Lei da Anistia foi que chamou de "um grande acordo":
- A tortura é um crime comum, é contra a humanidade. A cultura da impunidade se deu com a ditadura.
O comandante Militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, foi chamado no meio do simpósio para receber a informação de que manifestantes protestavam contra a tortura. Ao chegar no corredor, determinou, aparentando nervosismo, que auxiliares chamassem "a polícia", que já patrulhava a região. O general só mudou de idéia quando uma pessoa disse que não eram mais do que dez pessoas com algumas faixas e cartazes. Mais calmo, comentou com auxiliares que não tinha problema e voltou ao salão para acompanhar a palestra.
Lá fora, no entanto, a tensão permanecia. A Polícia Militar recebeu reforço de dez homens. Soldados da Polícia do Exército estavam na avenida desde cedo aguardando a movimentação. De acordo com Waldomiro Batista, presidente do Tortura Nunca Mais goiano, a idéia era fazer uma manifestação pacífica. O movimento, no Rio, decidiu não se manifestou para não validar o ato dos militares.
Irmão do jovem Marco Antônio Baptista, de 15 anos, desaparecido em 1970, vítima da ditadura, ele afirma que é hora de o Brasil virar essa página da história:
- Esse é um velório que não acaba. É o mais longo da história do Brasil .
O tenente-coronel Lício Maciel, que prendeu o deputado federal José Genoíno, na época da ditadura militar, reclamava que não recebeu os mesmos benefícios dos torturados:
- Eu combati a guerrilha e sou um cara pobre - disse, fazendo acusações a integrantes do governo.
O capitão-de-mar-e-guerra reformado Jorge Barganine, um dos mais inflamados ao sair do prédio, gritava que "assassinato também é crime". Ele afirmou que é "indiscutivelmente contra" a tortura:
- Mas também sou contra os que quiseram ocupar o poder matando gente - disse o militar.
Ex-ministro pede saída de Tarso
Ex-ministro pede saída de Tarso
O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Waldemar Zveiter chegou a dizer que Tarso Genro deveria deixar o cargo:
O Globo - 08/08/2008
- O que se pretende é uma imoralidade. O senhor ministro da Justiça ou desapeie do cavalo ou monte direito, porque, se não, nós vamos tirá-lo de lá. Ou ele sai pelo voto ou porque nós vamos para a praça pública e para a frente do Palácio do Planalto. Fora com os golpistas.
O presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, justificou o motivo do simpósio. Para ele, a iniciativa de Tarso Genro é imoral. Em nota conjunta, com os clubes da Aeronática e da Marinha, o general disse que os dois ministros deveriam se preocupar "com a gravíssima suspeita de envolvimento, de alguns deles, com as Farc".
- Para punir os que cometeram esse crime (tortura), que é grave, teríamos que abolir a Lei da Anistia, e para os dois lados. Houve uma lei para esquecer tudo isso. Essa tentativa do ministro foi extemporânea e maléfica para os anseios nacionais.
O general Sérgio Coutinho disse que a Lei da Anistia de 1979, beneficiou "os perversos":
- Essa anistia de 1979 não era para idealistas que rompiam com a legalidade na esperança de criar um Brasil melhor. Era uma anistia para marxistas, leninistas, revolucionários, maus, perversos, que não perdoam a derrota.
O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Waldemar Zveiter chegou a dizer que Tarso Genro deveria deixar o cargo:
O Globo - 08/08/2008
- O que se pretende é uma imoralidade. O senhor ministro da Justiça ou desapeie do cavalo ou monte direito, porque, se não, nós vamos tirá-lo de lá. Ou ele sai pelo voto ou porque nós vamos para a praça pública e para a frente do Palácio do Planalto. Fora com os golpistas.
O presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, justificou o motivo do simpósio. Para ele, a iniciativa de Tarso Genro é imoral. Em nota conjunta, com os clubes da Aeronática e da Marinha, o general disse que os dois ministros deveriam se preocupar "com a gravíssima suspeita de envolvimento, de alguns deles, com as Farc".
- Para punir os que cometeram esse crime (tortura), que é grave, teríamos que abolir a Lei da Anistia, e para os dois lados. Houve uma lei para esquecer tudo isso. Essa tentativa do ministro foi extemporânea e maléfica para os anseios nacionais.
O general Sérgio Coutinho disse que a Lei da Anistia de 1979, beneficiou "os perversos":
- Essa anistia de 1979 não era para idealistas que rompiam com a legalidade na esperança de criar um Brasil melhor. Era uma anistia para marxistas, leninistas, revolucionários, maus, perversos, que não perdoam a derrota.
Militares reagem a Tarso: 'Um desserviço ao país'
Militares reagem a Tarso: 'Um desserviço ao país'
Reunidos no Rio, eles criticam ministros que defenderam punição para torturadores, apesar da Lei da Anistia
Flávio Tabak e Maiá Menezes
Sem os uniformes, mas com uma revolta unânime contra a posição do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do secretário de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, que semana passada defenderam punição para torturadores da ditadura, militares da ativa e da reserva classificaram a iniciativa, ontem, no Rio, de "extemporânea, imoral e fora de propósito". "Foi um desserviço prestado ao Brasil e, com certeza, ao próprio governo a que pertencem", diz nota conjunta dos Clubes Militar, da Marinha e da Aeronáutica.
Os militares se reuniram num ato de repúdio contra a posição dos ministros. O general da reserva Sérgio Augusto Coutinho apresentou a ficha política e pessoal de Tarso e Vanucchi. O militar leu documento e incluiu citações à vida dos dois ministros. O general disse que não poderia classificar o ministro da Justiça de terrorista, embora este tenha participado da "ala vermelha do PCB". Coutinho também disse que Tarso depôs duas vezes no Dops. Já sobre Vanucchi, a ficha levantada pelos militares inclui participação na Ação Libertadora Nacional (ALN) e influência de "terroristas".
Na platéia, no salão do Clube Militar, o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do DOI-Codi do 2º Exército, na capital paulista - um dos principais centros de tortura e assassinato durante o regime militar - acompanhava atentamente os discursos. Foi ao falar de uma ação civil pública que corre na Justiça Federal de São Paulo contra Ustra e Audir Santos Maciel, também do DOI-Codi, que o secretário de Direitos Humanos anunciara sua posição polêmica: o governo, no processo, passaria de réu, juntamente com os militares, a acusador. Ustra, cercado por jornalistas, repetiu por oito vezes que não tinha nada a declarar.
Também participaram do encontro o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, o chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército, general Paulo Cesar de Castro, e ex-ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Militares da ativa não quiseram dar declarações.
Reunidos no Rio, eles criticam ministros que defenderam punição para torturadores, apesar da Lei da Anistia
Flávio Tabak e Maiá Menezes
Sem os uniformes, mas com uma revolta unânime contra a posição do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do secretário de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, que semana passada defenderam punição para torturadores da ditadura, militares da ativa e da reserva classificaram a iniciativa, ontem, no Rio, de "extemporânea, imoral e fora de propósito". "Foi um desserviço prestado ao Brasil e, com certeza, ao próprio governo a que pertencem", diz nota conjunta dos Clubes Militar, da Marinha e da Aeronáutica.
Os militares se reuniram num ato de repúdio contra a posição dos ministros. O general da reserva Sérgio Augusto Coutinho apresentou a ficha política e pessoal de Tarso e Vanucchi. O militar leu documento e incluiu citações à vida dos dois ministros. O general disse que não poderia classificar o ministro da Justiça de terrorista, embora este tenha participado da "ala vermelha do PCB". Coutinho também disse que Tarso depôs duas vezes no Dops. Já sobre Vanucchi, a ficha levantada pelos militares inclui participação na Ação Libertadora Nacional (ALN) e influência de "terroristas".
Na platéia, no salão do Clube Militar, o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do DOI-Codi do 2º Exército, na capital paulista - um dos principais centros de tortura e assassinato durante o regime militar - acompanhava atentamente os discursos. Foi ao falar de uma ação civil pública que corre na Justiça Federal de São Paulo contra Ustra e Audir Santos Maciel, também do DOI-Codi, que o secretário de Direitos Humanos anunciara sua posição polêmica: o governo, no processo, passaria de réu, juntamente com os militares, a acusador. Ustra, cercado por jornalistas, repetiu por oito vezes que não tinha nada a declarar.
Também participaram do encontro o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, o chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército, general Paulo Cesar de Castro, e ex-ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Militares da ativa não quiseram dar declarações.
Quem são e onde estão os terroristas do Brasil - XI
ALOYSIO NUNES FERREIRA
Nome completo: Aloysio Nunes Ferreira Filho
Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Beto” e “Mateus”
Em 1964, quando os militares assumiram o poder, ingressou no Partido Comunista Brasileiro, mas logo depois, descontente com a linha do partido, aderiu à Ação Libertadora Nacional – ALN, liderada por Carlos Marighela. Em 1968, como presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto liderou a invasão e ocupação da Faculdade de Direito do Largo São Francisco em São Paulo e ameaçou incendiá-la caso fosse invadida pela Polícia. Entre as ações terroristas da ALN de que se orgulha de ter participado figuram os assaltos ao trem-pagador da Santos-Jundiaí e ao carro-pagador da Massey-Ferguson no bairro de Pinheiros, em São Paulo, em outubro do mesmo ano.
Como essas e outras proezas o colocaram na lista dos terroristas procurados, Carlos Marighela, de quem era motorista, decidiu enviá-lo para o exterior. Com documentos falsos foi para a França onde passou a coordenar as ligações dos comunistas e terroristas brasileiros com Cuba e outros regimes que os apoiavam. Permaneceu três anos em Paris e ali se filiou ao Partido Comunista Francês. Negociou com o presidente Houari Chedid Boumedienne para que os comunistas brasileiros recebessem treinamento militar na Argélia.
Com a anistia, retornou ao Brasil e ingressou na política filiando-se ao PMDB. Foi eleito deputado estadual em São Paulo em 1982 e reeleito em 1986. Foi vice do governador Luiz Antônio Fleury. Foi eleito deputado federal pelo PSDB em 1994 e reeleito em 2000. No governo de Fernando Henrique Cardoso foi, primeiro, secretário-geral da Presidência da República e, depois, ministro da Justiça.
Atualmente é secretário-chefe da Casa Civil do governo do Estado de São Paulo.
Nome completo: Aloysio Nunes Ferreira Filho
Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Beto” e “Mateus”
Em 1964, quando os militares assumiram o poder, ingressou no Partido Comunista Brasileiro, mas logo depois, descontente com a linha do partido, aderiu à Ação Libertadora Nacional – ALN, liderada por Carlos Marighela. Em 1968, como presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto liderou a invasão e ocupação da Faculdade de Direito do Largo São Francisco em São Paulo e ameaçou incendiá-la caso fosse invadida pela Polícia. Entre as ações terroristas da ALN de que se orgulha de ter participado figuram os assaltos ao trem-pagador da Santos-Jundiaí e ao carro-pagador da Massey-Ferguson no bairro de Pinheiros, em São Paulo, em outubro do mesmo ano.
Como essas e outras proezas o colocaram na lista dos terroristas procurados, Carlos Marighela, de quem era motorista, decidiu enviá-lo para o exterior. Com documentos falsos foi para a França onde passou a coordenar as ligações dos comunistas e terroristas brasileiros com Cuba e outros regimes que os apoiavam. Permaneceu três anos em Paris e ali se filiou ao Partido Comunista Francês. Negociou com o presidente Houari Chedid Boumedienne para que os comunistas brasileiros recebessem treinamento militar na Argélia.
Com a anistia, retornou ao Brasil e ingressou na política filiando-se ao PMDB. Foi eleito deputado estadual em São Paulo em 1982 e reeleito em 1986. Foi vice do governador Luiz Antônio Fleury. Foi eleito deputado federal pelo PSDB em 1994 e reeleito em 2000. No governo de Fernando Henrique Cardoso foi, primeiro, secretário-geral da Presidência da República e, depois, ministro da Justiça.
Atualmente é secretário-chefe da Casa Civil do governo do Estado de São Paulo.
Quem são e onde estão os terroristas do Brasil - X
DIÓGENES DE OLIVEIRA
Nome completo: Diógenes José Carvalho de Oliveira
Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Leandro”, “Leonardo”, “Luiz” e “Pedro”.
Em 1964, já era militante do Partido Comunista Brasileiro. Fugiu para o Uruguai e de lá, em 1966, foi para Cuba, onde fez curso de guerrilhas e especializou-se em explosivos. Em 1968, retornou ao Brasil e colaborou, em São Paulo, na organização da Vanguarda Popular Revolucionária – VPR. A partir daí teve participação ativa em São Paulo em assaltos a bancos, atentados com bombas, seqüestros e assassinatos. A lista é longa. Vamos ficar com os principais. Participou do atentado contra o Consulado dos Estados Unidos, em 20/03/68, do atentado contra a sede do jornal O Estado de S. Paulo, na rua Major Quedinho em 20/04/68 e do assalto ao Hospital do Exército em São Paulo em 22/06/68.
Em 26/06/68, era um dos 10 terroristas que lançaram o carro-bomba contra o Quartel General do II Exército no Ibirapuera. Nessa ação foi morto o sentinela Mário Kosel Filho. Fez parte do grupo que assaltou o Banco Mercantil de São Paulo, no bairro do Itaim em 01/08/68 e assaltou o quartel da Força Pública no Barro Branco em 20/09/68. Na ocasião foi morto o policial Antônio Carlos Jeffery.
Em 12/10/68 integrou o grupo que assassinou o capitão Charles Rodney Chandler, do Exército dos EUA. Foi ele quem descarregou seis tiros a queima-roupa no militar. Participou ainda do atentado a bomba contra a loja Sears em 27/10/68, do assalto ao BANESPA da rua Iguatemi em 06/12/68, do assalto à Casa de Armas Diana em 11/12/68 e do assalto e roubo de armas no Quartel de Quitaúna em 24/01/69. Em março de 1969 foi preso na Praça da Árvore, na Vila Mariana e em 14/03/70 foi banido para o México com outros quatro em troca do cônsul do Japão seqüestrado em São Paulo. Do México saiu numa longa peregrinação por vários países até retornar ao Brasil, onde, depois da anistia, foi agraciado com uma gorda indenização e passou a receber mensalmente uma generosa aposentadoria pelos serviços prestados ao terrorismo.
O Diógenes da VPR é o Diógenes do PT. Nos últimos anos, em Porto Alegre, foi presidente do Clube de Seguros da Cidadania, órgão encarregado de coletar fundos para o PT. Denunciado pelo Ministério Público, foi afastado da presidência do Clube e está sendo investigado por atos praticados à margem da lei quando presidia o Clube.
Nome completo: Diógenes José Carvalho de Oliveira
Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Leandro”, “Leonardo”, “Luiz” e “Pedro”.
Em 1964, já era militante do Partido Comunista Brasileiro. Fugiu para o Uruguai e de lá, em 1966, foi para Cuba, onde fez curso de guerrilhas e especializou-se em explosivos. Em 1968, retornou ao Brasil e colaborou, em São Paulo, na organização da Vanguarda Popular Revolucionária – VPR. A partir daí teve participação ativa em São Paulo em assaltos a bancos, atentados com bombas, seqüestros e assassinatos. A lista é longa. Vamos ficar com os principais. Participou do atentado contra o Consulado dos Estados Unidos, em 20/03/68, do atentado contra a sede do jornal O Estado de S. Paulo, na rua Major Quedinho em 20/04/68 e do assalto ao Hospital do Exército em São Paulo em 22/06/68.
Em 26/06/68, era um dos 10 terroristas que lançaram o carro-bomba contra o Quartel General do II Exército no Ibirapuera. Nessa ação foi morto o sentinela Mário Kosel Filho. Fez parte do grupo que assaltou o Banco Mercantil de São Paulo, no bairro do Itaim em 01/08/68 e assaltou o quartel da Força Pública no Barro Branco em 20/09/68. Na ocasião foi morto o policial Antônio Carlos Jeffery.
Em 12/10/68 integrou o grupo que assassinou o capitão Charles Rodney Chandler, do Exército dos EUA. Foi ele quem descarregou seis tiros a queima-roupa no militar. Participou ainda do atentado a bomba contra a loja Sears em 27/10/68, do assalto ao BANESPA da rua Iguatemi em 06/12/68, do assalto à Casa de Armas Diana em 11/12/68 e do assalto e roubo de armas no Quartel de Quitaúna em 24/01/69. Em março de 1969 foi preso na Praça da Árvore, na Vila Mariana e em 14/03/70 foi banido para o México com outros quatro em troca do cônsul do Japão seqüestrado em São Paulo. Do México saiu numa longa peregrinação por vários países até retornar ao Brasil, onde, depois da anistia, foi agraciado com uma gorda indenização e passou a receber mensalmente uma generosa aposentadoria pelos serviços prestados ao terrorismo.
O Diógenes da VPR é o Diógenes do PT. Nos últimos anos, em Porto Alegre, foi presidente do Clube de Seguros da Cidadania, órgão encarregado de coletar fundos para o PT. Denunciado pelo Ministério Público, foi afastado da presidência do Clube e está sendo investigado por atos praticados à margem da lei quando presidia o Clube.
Quem são e onde estão os terroristas do Brasil - IX
GILNEY VIANA
Nome completo: Gilney Amorim Viana
Terrorista dos anos 60/70. Entre os companheiros da luta armada era conhecido pelo codinome de “Augusto”.
Era membro do Comitê Municipal do Partido Comunista Brasileiro – PCB, quando cursava Medicina em Belo Horizonte. Abandonou o PCB por considerar sua atuação moderada demais e ingressou, em 1968, na Corrente Revolucionária que deu origem à Ação Libertadora Nacional – ALN. Foi um dos redatores do documento-base da Corrente, denominado “Orientação Básica para Atuação: 20 Pontos”. Participou de várias ações terroristas da Corrente e da ALN em Belo Horizonte.
Em 25/10/68 comandou o assalto à Drogaria São Félix, na Av. Amazonas. Em 01/12/68, planejou e comandou o violento assalto à boite “Seis às Seis”, na av. Nossa Senhora do Carmo, quando foram baleados três civis: o terrorista Nelson José de Almeida, codinome “Beto”, na cozinha, atirou e feriu no peito o cozinheiro Antônio Joaquim de Oliveira; Gilney baleou o freguês Wellington Gadelha Campelo, e “Beto”, dentro da boite, atirou pelas costas no gerente Antônio de Almeida Ribeiro. Outras pessoas que estavam no local foram agredidas, espancadas e roubadas. Em 20/01/69, era um dos membros do grupo que tentou, sem êxito, roubar explosivos na Pedreira Belo Horizonte, no bairro São Geraldo. Em 31/03/69 comandou o assalto à Caixa Econômica Federal na Av. Alfredo Balena.
Sua atividades terroristas foram interrompidas em 1970, quando foi preso e condenado pelos crimes que cometera. Beneficiado pela anistia, deixou a prisão e foi residir em Cuiabá, Mato Grosso, onde assumiu a liderança do PT em 1980.
Em 1994, foi eleito deputado federal pelo PT e em 1998, deputado estadual, também pelo PT.
Atualmente está em Brasília, no Ministério do Meio Ambiente, onde é secretário de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável.
Nome completo: Gilney Amorim Viana
Terrorista dos anos 60/70. Entre os companheiros da luta armada era conhecido pelo codinome de “Augusto”.
Era membro do Comitê Municipal do Partido Comunista Brasileiro – PCB, quando cursava Medicina em Belo Horizonte. Abandonou o PCB por considerar sua atuação moderada demais e ingressou, em 1968, na Corrente Revolucionária que deu origem à Ação Libertadora Nacional – ALN. Foi um dos redatores do documento-base da Corrente, denominado “Orientação Básica para Atuação: 20 Pontos”. Participou de várias ações terroristas da Corrente e da ALN em Belo Horizonte.
Em 25/10/68 comandou o assalto à Drogaria São Félix, na Av. Amazonas. Em 01/12/68, planejou e comandou o violento assalto à boite “Seis às Seis”, na av. Nossa Senhora do Carmo, quando foram baleados três civis: o terrorista Nelson José de Almeida, codinome “Beto”, na cozinha, atirou e feriu no peito o cozinheiro Antônio Joaquim de Oliveira; Gilney baleou o freguês Wellington Gadelha Campelo, e “Beto”, dentro da boite, atirou pelas costas no gerente Antônio de Almeida Ribeiro. Outras pessoas que estavam no local foram agredidas, espancadas e roubadas. Em 20/01/69, era um dos membros do grupo que tentou, sem êxito, roubar explosivos na Pedreira Belo Horizonte, no bairro São Geraldo. Em 31/03/69 comandou o assalto à Caixa Econômica Federal na Av. Alfredo Balena.
Sua atividades terroristas foram interrompidas em 1970, quando foi preso e condenado pelos crimes que cometera. Beneficiado pela anistia, deixou a prisão e foi residir em Cuiabá, Mato Grosso, onde assumiu a liderança do PT em 1980.
Em 1994, foi eleito deputado federal pelo PT e em 1998, deputado estadual, também pelo PT.
Atualmente está em Brasília, no Ministério do Meio Ambiente, onde é secretário de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável.
Quem são e onde estão os terroristas do Brasil - VIII
CARLOS MINC
Nome completo: Carlos Minc Baumfeld
Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Jair”, “José” e “Orlando”.
Nasceu no Rio de Janeiro em 1951 e aos 18 anos era um lider estudantil atuante. Com o início da luta armada contra o regime militar aderiu à Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares – VAR-Palmares, liderada por Carlos Lamarca. Com outros militantes da VAR-PALMARES, sob o comando de Juarez Guimarães de Brito, participou no dia 16/10/1969 do famoso assalto à casa de Anna Capriglione, no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro, de onde foi roubado o “Cofre de Adhemar de Barros”. Levado para um dos esconderijos dos terroristas, o cofre foi arrombado e nele foram encontrados mais de dois milhões de dólares. Uma parte do dinheiro foi utilizada para financiar as atividades dos terroristas e comprar armas. A outra, a maior, desapareceu misteriosamente e até hoje ninguém sabe onde foi parar. Antes, em março de 1969, havia participado do assalto ao Banco Andrade Arnaud, de onde foram roubados 45 milhões de cruzeiros. Na ocasião, foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra.
Em outubro de 1969, foi detido num dos “aparelhos” da VAR-PALMARES e permaneceu preso até 15 de junho de 1970, quando saiu do país formando parte do grupo dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia em troca do embaixador da Alemanha, sequestrado cinco dias antes.
Com anistia, retornou ao Brasil e foi um dos fundadores do Partido Verde – PV com Fernando Gabeira. Em 1986, foi eleito deputado estadual pelo PV do Rio de Janeiro e reeleito, já como candidato do PT, em 1990, 1994, 1998 e 2002.
Foi secretário estadual do Meio Ambiente no Rio de Janeiro. Atualmente é ministro do Meio Ambiente.
Nome completo: Carlos Minc Baumfeld
Terrorista dos anos 60/70. Era conhecido pelos codinomes de “Jair”, “José” e “Orlando”.
Nasceu no Rio de Janeiro em 1951 e aos 18 anos era um lider estudantil atuante. Com o início da luta armada contra o regime militar aderiu à Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares – VAR-Palmares, liderada por Carlos Lamarca. Com outros militantes da VAR-PALMARES, sob o comando de Juarez Guimarães de Brito, participou no dia 16/10/1969 do famoso assalto à casa de Anna Capriglione, no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro, de onde foi roubado o “Cofre de Adhemar de Barros”. Levado para um dos esconderijos dos terroristas, o cofre foi arrombado e nele foram encontrados mais de dois milhões de dólares. Uma parte do dinheiro foi utilizada para financiar as atividades dos terroristas e comprar armas. A outra, a maior, desapareceu misteriosamente e até hoje ninguém sabe onde foi parar. Antes, em março de 1969, havia participado do assalto ao Banco Andrade Arnaud, de onde foram roubados 45 milhões de cruzeiros. Na ocasião, foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra.
Em outubro de 1969, foi detido num dos “aparelhos” da VAR-PALMARES e permaneceu preso até 15 de junho de 1970, quando saiu do país formando parte do grupo dos 40 militantes comunistas banidos para a Argélia em troca do embaixador da Alemanha, sequestrado cinco dias antes.
Com anistia, retornou ao Brasil e foi um dos fundadores do Partido Verde – PV com Fernando Gabeira. Em 1986, foi eleito deputado estadual pelo PV do Rio de Janeiro e reeleito, já como candidato do PT, em 1990, 1994, 1998 e 2002.
Foi secretário estadual do Meio Ambiente no Rio de Janeiro. Atualmente é ministro do Meio Ambiente.
Que coisas tão graves em seus gastos na Presidência estará Lula procurando esconder da opinião pública?
Que coisas tão graves em seus gastos na Presidência estará Lula procurando esconder da opinião pública?
Que de tão grave têm as despesas dos palácios do Planalto, da Alvorada e da Granja do Torto que possam explicar a cortina de fumaça que o governo criou para impedir o controle dos cartões corporativos de Lula, Marisa, Lulinha, Lurian etc.?
A estas alturas, só o governo pode responder a tais perguntas. E como o governo não responde a opinião pública, sem os esclarecimentos devidos, torna-se presa de dúvidas sobre tudo e todos.
É conhecida a ojeriza de Lula a qualquer controle sobre gastos. Evidentemente os dele, da companheirada do PT, dos sindicatos e do MST, sem esquecer um sem-número de ONGs sobre as quais pesam suspeitas clamorosas.
Ainda recentemente, ele vetou dispositivo de lei que exigia dos sindicatos prestação de contas ao TCU dos recursos derivados do imposto sindical (agora 'contribuição').
Há mais tempo, Lula era contra o imposto em nome da autonomia sindical.
Francisco C. Weffort - Jornal O Globo
Que de tão grave têm as despesas dos palácios do Planalto, da Alvorada e da Granja do Torto que possam explicar a cortina de fumaça que o governo criou para impedir o controle dos cartões corporativos de Lula, Marisa, Lulinha, Lurian etc.?
A estas alturas, só o governo pode responder a tais perguntas. E como o governo não responde a opinião pública, sem os esclarecimentos devidos, torna-se presa de dúvidas sobre tudo e todos.
É conhecida a ojeriza de Lula a qualquer controle sobre gastos. Evidentemente os dele, da companheirada do PT, dos sindicatos e do MST, sem esquecer um sem-número de ONGs sobre as quais pesam suspeitas clamorosas.
Ainda recentemente, ele vetou dispositivo de lei que exigia dos sindicatos prestação de contas ao TCU dos recursos derivados do imposto sindical (agora 'contribuição').
Há mais tempo, Lula era contra o imposto em nome da autonomia sindical.
Francisco C. Weffort - Jornal O Globo
A Ditadura do PT
DITADURA MILITAR????
Jornalista PAULO MARTINS - GAZETA DO PARANÁ
Está aí uma ditadura pior do que aquela que hoje insistem em apelidar de 'ditadura militar'. Como nos dias de hoje, naquele período fui também um crítico. Não lembro de ter sido perseguido, como insistem em afirmar que era o hábito da época aqueles que, por falta de argumento para uma retórica razoável, apelam sem disfarces para o desvirtuado e corrosivo 'ouvi dizer'.
Que ditadura era aquela que me permitia votar?
Que nunca me proibiu de tomar uma cervejinha num desses bares da vida após as vinte e três horas ? Ou num restaurante de beira de estrada ?
Que ditadura era aquela que (eu não fumo) nunca proibiu quem quer que seja de fumar?
Que ditadura era aquela que nunca usou cartão corporativo para as primeiras damas colocarem até botox no rosto ou para outros roubarem milhões de reais do povo brasileiro ?
Vi, sim, perseguições, porém contra elementos de alta periculosidade à época, como o eram os Zés Dirceus, Renans, Lulinhas, Zé Genoino, Dilma Roussef - a Estela - Marco Aurélio Garcia, Diógenes, o assassino do Capitão Schandler, como os que colocaram bombas em lugares públicos, como aquela no aeroporto de Guararapes, cujo resultado foi a morte de gente inocente, ações de subversivos que desejavam implantar no Brasil um regime comunista, e para tal seguiam planos de formar nas selvas o que hoje, na Colômbia, chamam de FARCs.
Que ditadura era aquela que permitia que a oposição combatesse o governo, como ocorria com deputados como Ulisses Guimarães, apenas para se citar um nome?
Que ditadura era aquela que jamais sequer pensou em proibir a população de usar armas para se defender, como hoje criminosamente pretendem ?
Que ditadura era aquela que em nome da democracia, jamais admitiu invasão de propriedades e jamais sustentou bandidos com cestas básicas em acampamentos e jamais impediu a policia de agir, como a ditadura de hoje ?
Que ditadura engraçada aquela que chegou a criar até partido de oposição! Curiosa essa democracia de agora, em comparação ao que chamam de 'ditadura militar', 'democracia que permite que ladrões do dinheiro público continuem ocupando cadeiras no parlamento e cargos no governo e tolera até mesmo um presidente alegar que 'não sabia', para fugir de sua responsabilidade para com a causa pública.
Que ditadura militar era aquela que jamais deu dinheiro de mão beijada para governantes comunistas, amigos de presidente, como ocorre com a ditadura de hoje e, contra a qual não nos permitem sequer contestação ?
Que ditadura era aquela que jamais proibiu a revelação das fuças de bandidos em foto e TV como ocorre na 'democracia' de hoje, numa gritante e vergonhosa proteção do meliante, agressor da sociedade ? Escuta telefônica, eis mais uma ação da 'democracia' de hoje e proibida à época 'daquela ditadura militar'.
Ah...é verdade...Aquela ditadura proibia casamento de homem com homem, sexo explícito na TV alcançando crianças, proibia a pouca vergonha e não dava folga para corruptos que eram cassados quando prevaricavam, sem permitir que a sociedade fosse punida com a permanência no palco da corrupção dos delinqüentes, que hoje fazem CPIs para tapearam a sociedade e se escalam às mesmas como raposas cuidando do galinheiro.
Caetano Veloso está quieto em relação a essa ditadura que hoje aí está. Apostasia de 'seu ideal'? À época lançou a música 'É proibido proibir'. Hoje se cala. O que ajudou a promover, junto com Chico Buarque, Gilberto Gil e outros, está no poder. Que pelo menos altere o nome da música para os dias de hoje para: 'É permitido proibir'. E que vá se catar.
Jornalista PAULO MARTINS - GAZETA DO PARANÁ
Está aí uma ditadura pior do que aquela que hoje insistem em apelidar de 'ditadura militar'. Como nos dias de hoje, naquele período fui também um crítico. Não lembro de ter sido perseguido, como insistem em afirmar que era o hábito da época aqueles que, por falta de argumento para uma retórica razoável, apelam sem disfarces para o desvirtuado e corrosivo 'ouvi dizer'.
Que ditadura era aquela que me permitia votar?
Que nunca me proibiu de tomar uma cervejinha num desses bares da vida após as vinte e três horas ? Ou num restaurante de beira de estrada ?
Que ditadura era aquela que (eu não fumo) nunca proibiu quem quer que seja de fumar?
Que ditadura era aquela que nunca usou cartão corporativo para as primeiras damas colocarem até botox no rosto ou para outros roubarem milhões de reais do povo brasileiro ?
Vi, sim, perseguições, porém contra elementos de alta periculosidade à época, como o eram os Zés Dirceus, Renans, Lulinhas, Zé Genoino, Dilma Roussef - a Estela - Marco Aurélio Garcia, Diógenes, o assassino do Capitão Schandler, como os que colocaram bombas em lugares públicos, como aquela no aeroporto de Guararapes, cujo resultado foi a morte de gente inocente, ações de subversivos que desejavam implantar no Brasil um regime comunista, e para tal seguiam planos de formar nas selvas o que hoje, na Colômbia, chamam de FARCs.
Que ditadura era aquela que permitia que a oposição combatesse o governo, como ocorria com deputados como Ulisses Guimarães, apenas para se citar um nome?
Que ditadura era aquela que jamais sequer pensou em proibir a população de usar armas para se defender, como hoje criminosamente pretendem ?
Que ditadura era aquela que em nome da democracia, jamais admitiu invasão de propriedades e jamais sustentou bandidos com cestas básicas em acampamentos e jamais impediu a policia de agir, como a ditadura de hoje ?
Que ditadura engraçada aquela que chegou a criar até partido de oposição! Curiosa essa democracia de agora, em comparação ao que chamam de 'ditadura militar', 'democracia que permite que ladrões do dinheiro público continuem ocupando cadeiras no parlamento e cargos no governo e tolera até mesmo um presidente alegar que 'não sabia', para fugir de sua responsabilidade para com a causa pública.
Que ditadura militar era aquela que jamais deu dinheiro de mão beijada para governantes comunistas, amigos de presidente, como ocorre com a ditadura de hoje e, contra a qual não nos permitem sequer contestação ?
Que ditadura era aquela que jamais proibiu a revelação das fuças de bandidos em foto e TV como ocorre na 'democracia' de hoje, numa gritante e vergonhosa proteção do meliante, agressor da sociedade ? Escuta telefônica, eis mais uma ação da 'democracia' de hoje e proibida à época 'daquela ditadura militar'.
Ah...é verdade...Aquela ditadura proibia casamento de homem com homem, sexo explícito na TV alcançando crianças, proibia a pouca vergonha e não dava folga para corruptos que eram cassados quando prevaricavam, sem permitir que a sociedade fosse punida com a permanência no palco da corrupção dos delinqüentes, que hoje fazem CPIs para tapearam a sociedade e se escalam às mesmas como raposas cuidando do galinheiro.
Caetano Veloso está quieto em relação a essa ditadura que hoje aí está. Apostasia de 'seu ideal'? À época lançou a música 'É proibido proibir'. Hoje se cala. O que ajudou a promover, junto com Chico Buarque, Gilberto Gil e outros, está no poder. Que pelo menos altere o nome da música para os dias de hoje para: 'É permitido proibir'. E que vá se catar.
Desabafo de novo Gandolinha
O cerco ao Judiciário, ao Exército e à imprensa.
Companheiros,
Há tempos que me controlo em me expressar e dizer o que realmente sinto. Basta! Ou escrevo ou tenho um câncer. Estamos vivendo num país onde os ricos são amigos dos poderosos e nunca são lesados ou punidos. os poderosos são ricos e entram na regra anterior. Fazem e acontecem e nada acontece!!! Por outro lado os pobres e miseráveis, na maioria ignorantes, a verdade seja dita, já estão comprados pelo governo (PT) com suas bolsas, auxílios, esmolas, etc. a classe média só se f.... Banca os impostos dos ricos e as esmolas dos pobres.
Eu sou descontado em folha de r$ 17.000,00 por ano só de imposto de renda, fora iptu, ipva, tac, iof, ipqp.... Alguém paga isto de livre e espontânea vontade ao leão?
Leio os jornais e ouço os noticiários e é só desgraça, corrupção, falcatrua e não acontece nada!!!!!
Será que a coisa está ruim mesmo ou eu sou muito pessimista?
Os políticos, inclui-se aí o presidente, 99% do senado, 99,9% do congresso, estão ca...do (defecando) para o brasil, querem é se dar bem fazer caixa e eternizar a curriola, revelando e apadrinhando mais fdp para estuprar a pátria amada, embarrigá-la e abandonar o filho feio. E a violência? Todos sabem que esta vem, em grande parte, motivada pelo tráfico de drogas. Se abafarem as entradas da droga ela não chega aos grandes centros e a criminalidade é asfixiada. Por que não fazem isso? Porque grande parte dos políticos tem seus tentáculos depositados sobre o tráfico ou vice-versa. Aí, um tenente, formado pelo melhor estabelecimento universitário do país, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) na qual tive orgulho em me formar em 1989, é colocado numa favela, devido a conchavos políticos, com a participação do Exército Brasileiro (meu Deus!), é submetido a horas de patrulha no morro da Providência, tendo que liderar seu pelotão e controlar seus homens. Este tenente deve ter engolido a seco várias e várias provocações de muitos marginais e subprodutos do crime, até que, como todo ser humano, aloprou e fez o que fez.
A forma foi certa? Não, claro que não, mas aqueles garotos (se é que se pode chamar assim - veja aqui o CV deles) mas cedo ou mais tarde iriam morrer, seguindo as estatísticas das vítimas do tráfico, e não deviam ser boa coisa não para provocar o Exército. Eu estive lá na Providência, em março, com o 25º Batalhão de infantaria pára-quedista (25º BIPQDT) e vi a situação a que eram submetidos meus soldados. É muito fácil para qualquer um, de longe, cheiroso e sob um ar condicionado crucificar tal oficial, mas guerra é guerra. Sou carioca de Bonsucesso mas reconheço que o Rio está numa guerra e estão colocando tropas no olho do furacão. Lembro, o tenente é um acadêmico, outros universitários só vão à favela para participar de ong sem vergonha e fumar maconha. O tenente estava trabalhando. Se eu solto meu filho de 10 anos numa loja de louças chinesas e ele quebra um vaso caro a culpa é só dele? Foi deprimente ver na televisão aquela visita do ministro da defesa à família de uma das "vítimas", mais deprimente foi ver a cara de algumas "autoridades" que o acompanhavam, cordeirinhos! Enquanto isso cadê o General Heleno que só falou a verdade? Vários medicamentos baseados em substâncias que só encontramos na amazônia são de patentes estrangeiras.
Gringos compram pedaços daquela terra a preço de banana. Tem é político graúdo roubando feio e levando vantagens, mais uma vez, cagando pra hora do Brasil.
Como sou militar, de tropa, sem sangue azul, sem me preocupar em me dar bem com missões "boca boa", sem ser carreirista, sempre sincero com superiores e leal com subordinados, já sei como agir, nossa profissão é meio de vida e não meio de morte, cada vez mais serei corporativista, aos militares tudo o resto que se f.....
Como subcomandante exijo que o batalhão cumpra horários, mas o libero na hora certa. Estamos acostumados a cumprir a missão a qualquer custo sem meios, sem dinheiro, etc...
Desde que entrei no exército ouço que somos pobres, até quando? Faltam pouco mais de seis anos para que eu vá para a reserva e nada mudou. Vai mudar? Não creio. Num país onde bilhões são desviados para bolsos de safados e ilhas fiscais, temos que engolir que não há dinheiro para as forças armadas. E tem gente que engole ou finge que engole para não se queimar.
Meu compromisso é com minha família e com meus amigos, que me respeitam, com eles não posso me queimar, com o resto? Não estou preocupado.
Me dói ver safados chamar o período de 1964 a 1985 de ditadura, vê-los receber indenizações como vítimas dele, vê-los nos achincalhar, pisar, submeter e humilhar, vê-los no poder nos olhando com soberba. Me enfarta vê-los serem agraciados com medalhas do pacificador. Eu, que tenho quase 20 anos só na tropa, destes, 10 anos na brigada pára-quedista, nunca fui punido, sempre fui leal ao exército, não tenho. O José Genoíno, neste universo, é melhor do que eu. Veja aqui o perfil do Genoíno e do restante dos terroristas brasileiros que se enchem de dinheiro público.
Sabem o que me dói também é ver oficiais da nossa força, que vestem a pele de amantes da instituição, mas na verdade estão preocupados apenas com seu umbigos, em não se queimar.
A razão de ser do exército é a tropa, na hora do pau é esta que vai dar a cara para bater, mas tem oficial que diz que medalha de corpo de tropa é para sargento, que quem é de tropa é burro e fica aí piruando ser instrutor da AMAN, ESAO e ECEME para ganhar pontinhos e pegar "bocadas", chegam a coronel e general sem ter nem 10 anos de tropa, brincadeira! Depois vão pra Brasília e viram "ideúdos".
Estou começando a achar que sou otário. Vou ficando por aqui, agradeço a atenção.
Não vou mais engolir sapo, homens têm que ter coragem.
Homem não tem medo de homem. Boca é pra falar.
Tenho um filho e não quero que ele veja em mim um covarde.
Nunca me vendi e nunca me venderei por conveniência, sigo meus princípios. olho nos olhos das pessoas com que falo. Minha única fortuna é o meu caráter. Minha vida é minha família. Desta vida só levamos a família e os amigos. De toda a vida, apenas aqueles que estiverem ao redor de seu túmulo no dia do seu funeral é que valeram a pena, o resto foi o resto!
BRASIL, ACIMA DE TUDO!
MAJOR FREDERICO RAMOS PEREIRA
PQDT NR 56.288
Companheiros,
Há tempos que me controlo em me expressar e dizer o que realmente sinto. Basta! Ou escrevo ou tenho um câncer. Estamos vivendo num país onde os ricos são amigos dos poderosos e nunca são lesados ou punidos. os poderosos são ricos e entram na regra anterior. Fazem e acontecem e nada acontece!!! Por outro lado os pobres e miseráveis, na maioria ignorantes, a verdade seja dita, já estão comprados pelo governo (PT) com suas bolsas, auxílios, esmolas, etc. a classe média só se f.... Banca os impostos dos ricos e as esmolas dos pobres.
Eu sou descontado em folha de r$ 17.000,00 por ano só de imposto de renda, fora iptu, ipva, tac, iof, ipqp.... Alguém paga isto de livre e espontânea vontade ao leão?
Leio os jornais e ouço os noticiários e é só desgraça, corrupção, falcatrua e não acontece nada!!!!!
Será que a coisa está ruim mesmo ou eu sou muito pessimista?
Os políticos, inclui-se aí o presidente, 99% do senado, 99,9% do congresso, estão ca...do (defecando) para o brasil, querem é se dar bem fazer caixa e eternizar a curriola, revelando e apadrinhando mais fdp para estuprar a pátria amada, embarrigá-la e abandonar o filho feio. E a violência? Todos sabem que esta vem, em grande parte, motivada pelo tráfico de drogas. Se abafarem as entradas da droga ela não chega aos grandes centros e a criminalidade é asfixiada. Por que não fazem isso? Porque grande parte dos políticos tem seus tentáculos depositados sobre o tráfico ou vice-versa. Aí, um tenente, formado pelo melhor estabelecimento universitário do país, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) na qual tive orgulho em me formar em 1989, é colocado numa favela, devido a conchavos políticos, com a participação do Exército Brasileiro (meu Deus!), é submetido a horas de patrulha no morro da Providência, tendo que liderar seu pelotão e controlar seus homens. Este tenente deve ter engolido a seco várias e várias provocações de muitos marginais e subprodutos do crime, até que, como todo ser humano, aloprou e fez o que fez.
A forma foi certa? Não, claro que não, mas aqueles garotos (se é que se pode chamar assim - veja aqui o CV deles) mas cedo ou mais tarde iriam morrer, seguindo as estatísticas das vítimas do tráfico, e não deviam ser boa coisa não para provocar o Exército. Eu estive lá na Providência, em março, com o 25º Batalhão de infantaria pára-quedista (25º BIPQDT) e vi a situação a que eram submetidos meus soldados. É muito fácil para qualquer um, de longe, cheiroso e sob um ar condicionado crucificar tal oficial, mas guerra é guerra. Sou carioca de Bonsucesso mas reconheço que o Rio está numa guerra e estão colocando tropas no olho do furacão. Lembro, o tenente é um acadêmico, outros universitários só vão à favela para participar de ong sem vergonha e fumar maconha. O tenente estava trabalhando. Se eu solto meu filho de 10 anos numa loja de louças chinesas e ele quebra um vaso caro a culpa é só dele? Foi deprimente ver na televisão aquela visita do ministro da defesa à família de uma das "vítimas", mais deprimente foi ver a cara de algumas "autoridades" que o acompanhavam, cordeirinhos! Enquanto isso cadê o General Heleno que só falou a verdade? Vários medicamentos baseados em substâncias que só encontramos na amazônia são de patentes estrangeiras.
Gringos compram pedaços daquela terra a preço de banana. Tem é político graúdo roubando feio e levando vantagens, mais uma vez, cagando pra hora do Brasil.
Como sou militar, de tropa, sem sangue azul, sem me preocupar em me dar bem com missões "boca boa", sem ser carreirista, sempre sincero com superiores e leal com subordinados, já sei como agir, nossa profissão é meio de vida e não meio de morte, cada vez mais serei corporativista, aos militares tudo o resto que se f.....
Como subcomandante exijo que o batalhão cumpra horários, mas o libero na hora certa. Estamos acostumados a cumprir a missão a qualquer custo sem meios, sem dinheiro, etc...
Desde que entrei no exército ouço que somos pobres, até quando? Faltam pouco mais de seis anos para que eu vá para a reserva e nada mudou. Vai mudar? Não creio. Num país onde bilhões são desviados para bolsos de safados e ilhas fiscais, temos que engolir que não há dinheiro para as forças armadas. E tem gente que engole ou finge que engole para não se queimar.
Meu compromisso é com minha família e com meus amigos, que me respeitam, com eles não posso me queimar, com o resto? Não estou preocupado.
Me dói ver safados chamar o período de 1964 a 1985 de ditadura, vê-los receber indenizações como vítimas dele, vê-los nos achincalhar, pisar, submeter e humilhar, vê-los no poder nos olhando com soberba. Me enfarta vê-los serem agraciados com medalhas do pacificador. Eu, que tenho quase 20 anos só na tropa, destes, 10 anos na brigada pára-quedista, nunca fui punido, sempre fui leal ao exército, não tenho. O José Genoíno, neste universo, é melhor do que eu. Veja aqui o perfil do Genoíno e do restante dos terroristas brasileiros que se enchem de dinheiro público.
Sabem o que me dói também é ver oficiais da nossa força, que vestem a pele de amantes da instituição, mas na verdade estão preocupados apenas com seu umbigos, em não se queimar.
A razão de ser do exército é a tropa, na hora do pau é esta que vai dar a cara para bater, mas tem oficial que diz que medalha de corpo de tropa é para sargento, que quem é de tropa é burro e fica aí piruando ser instrutor da AMAN, ESAO e ECEME para ganhar pontinhos e pegar "bocadas", chegam a coronel e general sem ter nem 10 anos de tropa, brincadeira! Depois vão pra Brasília e viram "ideúdos".
Estou começando a achar que sou otário. Vou ficando por aqui, agradeço a atenção.
Não vou mais engolir sapo, homens têm que ter coragem.
Homem não tem medo de homem. Boca é pra falar.
Tenho um filho e não quero que ele veja em mim um covarde.
Nunca me vendi e nunca me venderei por conveniência, sigo meus princípios. olho nos olhos das pessoas com que falo. Minha única fortuna é o meu caráter. Minha vida é minha família. Desta vida só levamos a família e os amigos. De toda a vida, apenas aqueles que estiverem ao redor de seu túmulo no dia do seu funeral é que valeram a pena, o resto foi o resto!
BRASIL, ACIMA DE TUDO!
MAJOR FREDERICO RAMOS PEREIRA
PQDT NR 56.288
Câmara vota proposta que vincula soldo de generais ao de ministro do STM
Essa notícia abaixo é para quem acredita em Papai Noel, Saci Pererê Mula Sem Cabeça e que o Lula não sabia: do Mensalão, da armação para a morte do Celso Daniel e de que o Tarso Genro ia começar a "lamber as feridas" do passado.
Câmara vota proposta que vincula soldo de generais ao de ministro do STM
Brasília - A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados vota esta semana parecer favorável às Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que podem livrar as Forças Armadas de a cada governo ter de passar o pires para obter reajuste dos vencimentos. Batizadas de PECs do Soldo, elas propõem que a remuneração de generais corresponda a 90% ou 95% do salário dos ministros do Superior Tribunal Militar (STM), que hoje recebem 95% do valor pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A partir da aprovação da proposta, a cada reajuste do Judiciário, militares terão ganho no contracheque. Após o aumento para general, oficiais e praças das patentes inferiores teriam reajuste automático, mantendo a hierarquia salarial. Relator do parecer na CCJC, o deputado tucano Zenaldo Coutinho (PA) adiantou à coluna que vai pedir "inversão de pauta" para as PECs serem votadas logo, de modo a ser formada a comissão especial para tratar do tema antes de começar a corrida eleitoral deste ano.
Ele acredita que, sendo mantida a tradição de se guardar, durante o auge da campanha eleitoral, uma semana em agosto e outra em setembro para votações no Congresso, as PECs poderão ir à votação no plenário da Câmara ainda em outubro ou, no mais tardar, em novembro. Para serem aprovadas, as PECs precisarão ser unificadas em uma só proposta, que vai a votação em dois turnos na Câmara.
Serão necessários, no mínimo, três quintos dos votos da Casa, o que equivale a 308 deputados. "Indo redondinha para o Senado, a PEC tem chance de entrar em vigor em dezembro", avalia Zenildo.
Os novos gandolinhas que acreditam em história da Carochinha estão pedindo:
"Senhores e Senhoras, no dia da votação das PECs, os militares ativos e inativo e pensionistas devem ir ao Plenários da Camara 'Fardados', como exemplo da PM de Brasilia, para que os politicos vejam que as FFAA estão preocupadas com o seu futuro. Temos que dar um: Basta!, para não ficar medingando por melhor aumento a cada Governo que entra no Brasil.
Vamos lá Familia Militar, falta pouco, para sermos valorizados como devemos."
Câmara vota proposta que vincula soldo de generais ao de ministro do STM
Brasília - A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados vota esta semana parecer favorável às Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que podem livrar as Forças Armadas de a cada governo ter de passar o pires para obter reajuste dos vencimentos. Batizadas de PECs do Soldo, elas propõem que a remuneração de generais corresponda a 90% ou 95% do salário dos ministros do Superior Tribunal Militar (STM), que hoje recebem 95% do valor pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A partir da aprovação da proposta, a cada reajuste do Judiciário, militares terão ganho no contracheque. Após o aumento para general, oficiais e praças das patentes inferiores teriam reajuste automático, mantendo a hierarquia salarial. Relator do parecer na CCJC, o deputado tucano Zenaldo Coutinho (PA) adiantou à coluna que vai pedir "inversão de pauta" para as PECs serem votadas logo, de modo a ser formada a comissão especial para tratar do tema antes de começar a corrida eleitoral deste ano.
Ele acredita que, sendo mantida a tradição de se guardar, durante o auge da campanha eleitoral, uma semana em agosto e outra em setembro para votações no Congresso, as PECs poderão ir à votação no plenário da Câmara ainda em outubro ou, no mais tardar, em novembro. Para serem aprovadas, as PECs precisarão ser unificadas em uma só proposta, que vai a votação em dois turnos na Câmara.
Serão necessários, no mínimo, três quintos dos votos da Casa, o que equivale a 308 deputados. "Indo redondinha para o Senado, a PEC tem chance de entrar em vigor em dezembro", avalia Zenildo.
Os novos gandolinhas que acreditam em história da Carochinha estão pedindo:
"Senhores e Senhoras, no dia da votação das PECs, os militares ativos e inativo e pensionistas devem ir ao Plenários da Camara 'Fardados', como exemplo da PM de Brasilia, para que os politicos vejam que as FFAA estão preocupadas com o seu futuro. Temos que dar um: Basta!, para não ficar medingando por melhor aumento a cada Governo que entra no Brasil.
Vamos lá Familia Militar, falta pouco, para sermos valorizados como devemos."
A Lei da Anistia e as três mentiras.
Texto muito bem fundamentado, como sempre, do Reinaldo Azevedo, da Veja.
Ou: "Nada devemos aos terroristas, mortos ou vivos"
Uma das falácias mais bem-urdidas pelas esquerdas é a de que os atos terroristas cometidos durante o regime militar eram a única forma de contestação política num ambiente sufocado pela ditadura. Trata-se de uma mentira histórica, de uma mentira política e de uma mentira moral, a que só se pode aderir ou por alinhamento ideológico ou por falta de bibliografia específica.
Mentira histórica
A mentira é história porque a decisão de certas correntes de partir para a luta armada antecede em muito a decretação do AI-5, em dezembro de 1968. Pior ainda: antecede o próprio golpe militar de 1964. Vale dizer: correntes de esquerda discutiam abertamente a luta armada como opção para chegar ao poder, embaladas pela revolução cubana, embora o país fosse uma democracia. Mais: João Goulart havia levado a subversão para dentro do governo. E notem: sei que a palavra “subversão” deixa muita gente indignada. Não me refiro necessariamente à pauta da esquerda, não. Refiro-me ao desrespeito às regras do estado democrático e de direito que garantiam a legitimidade do próprio Jango.
Ora, quem rompe com as regras que garantem a sua própria legitimidade está ou não está se expondo a um golpe? Está ou não está abrindo o caminho para que outros o façam — e com pauta própria? Não são pequenas, aliás, as evidências de que Jango preparava o autogolpe. Seja como for, a Presidência da República optou pela desordem. Isso justifica o golpe? A pergunta está errada. Isso explica o golpe. O primeiro dever de um democrata é preservar as leis que garantem o seu poder e a sua legitimidade, elegendo o foro adequado para mudá-las: o Congresso. E nem ao Congresso é dado todo o poder, já que ele também não pode extinguir a base legal que o sustenta. Leis nascem de pactos. Mas, no estado de direito, já disse um jurista de primeiro time, nenhum Poder é soberano — ou se joga Montesquieu no lixo. “Mas a gente não pode jogar Montesquieu no lixo?” Pode, claro. É preciso ver o que se vai pôr no lugar.
A mentira política
Os remanescentes do esquerdismo revanchista agem como se forças absolutas, essencialmente puras — o Bem de um lado e o Mal de outro — tivessem quebrado lanças durante o regime militar, com a vitória temporária do Mal, para que o Bem pudesse, finalmente, triunfar.
Não há um só documento, um miserável que seja, produzido pelas esquerdas antes ou depois do golpe, que evidencie que elas faziam a defesa da democracia. Ao contrário, sob a inspiração marxista, e leninista em particular, a democracia era vista apenas como uma trapaça, uma forma de a burguesia e de o imperialismo imporem a sua vontade por meio de instituições fajutas. Lamento dizer: é o que pensam, até hoje, algumas correntes do PT e alguns partidos que se dizem comunistas.
Será que se trata apenas de “algumas correntes do PT?” Não acreditem em mim quando falo deles; acredite neles quando falam de si mesmos. No vídeo convocatório para o seu Terceiro Congresso, ocorrido no fim de agosto do ano passado, o partido diz com todas as letras:
“Para extinguir o capitalismo e iniciar a construção do socialismo, é necessário realizar uma mudança política radical. Os trabalhadores precisam transformar-se em classe hegemônica e dominante no poder de estado. Não há qualquer exemplo histórico de uma classe que tenha transformado a sociedade sem colocar o poder político de estado a seu serviço”. E mais adiante: “Não basta chegar ao governo para mudar a sociedade. É preciso mudar a sociedade para chegar ao governo.” O vídeo está aqui. Ora, eu sei que eles não conseguiriam reconstruir um estado soviético nem que quisessem. Mas podem muito bem corromper a democracia, como estão fazendo com seu arremedo de estado policial.
Então não venham me dizer que a opção pelo terrorismo e pela luta armada, durante o regime militar, era o caminho possível para reagir à falta de democracia porque, de fato, não queriam democracia nenhuma — como fica evidente nos remanescentes daquelas batalhas, que não a querem até hoje. A sua “democracia” corresponde ao que eles chamam, apelando a Gramsci, de construção da “hegemonia”. De novo: não se trata de uma heremonia ao velho estilo. O que procuram é tornar irrelevante o processo de alternância de poder por meio do domínio das instituições do estado. Não sou eu que os acuso disso. Eles é que o confessam.
Pré e pós-64, até o esmagamento das forças terroristas, ambicionavam o poder pela luta armada — e a democracia que se danasse. Depois da redemocratização, lutam pelo controle absoluto da burocracia do estado, usando como esbirros os tais movimentos sociais — e a democracia que se dane de novo.
Mentira moral
O vitimismo de que se fazem caudatários é uma mentira moral porque pretendem que o horror da tortura era mais condenável do que o horror do terrorismo: seqüestros, assassinatos, justiçamentos. Um torturador vagabundo que submeteu um prisioneiro a sevícias não nos livrou do comunismo e ainda corrompeu a luta de quem a ele se opunha com dignidade. Mas e o coronel da PM que teve a cabeça esmagada a coronhadas por esquerdistas? Lustra “atos revolucionários”? Temo que sim. Na verdade, tenho a certeza de que, para eles, sim. Porque aquelas esquerdas, afinal de contas, nunca se opuseram à tortura nos estados comunistas. E as remanescentes, vejam que curioso, jamais criticaram o regime cubano pela tortura de presos políticos. Pior do que isso: aplaudiram Fidel Castro quando executou três prisioneiros sem direito de defesa. Crime: tentaram fugir de cuba. O facinoroso, aliás, é 2.700 vezes mais assassino, já provei aqui, do que os ditadores
brasileiros.
Isso justifica moralmente os torturadores nativos? Não! Mas o país encontrou um caminho para sair daquela cilada: a Lei da Anistia, que decidiu ignorar os execráveis excessos de todos os porões: os do regime e dos das esquerdas. Foi uma escolha política. Inicialmente, de fato, foi negociada por um Congresso ainda não plenamente livre. Mas, depois, na prática, foi adotada pela sociedade e, de fato, no que concerne à política, pacificou o país. De tal modo passamos a encarar a democracia como um imperativo, que, três anos depois da primeira eleição direta para presidente pós-ditadura, depôs-se o eleito. E sem crise de qualquer natureza.
Mas a mentira moral não se esgota no conteúdo ideológico do que pretendiam — ou pretendem — as esquerdas. Aceitar que o terrorismo era a única forma de luta contra a ditadura implica supor que a ação pacífica para depor o regime era uma tolice, uma inutilidade ou um capricho. E, claro, tal versão é uma indignidade. O que preparou o terreno para a volta da democracia foi a resistência pacífica dos que aqui ficaram e daqueles que, não podendo voltar ao país, endossaram a boa conspiração dos pequenos atos que foram fraturando o regime — finalmente quebrado sob os auspícios de uma crise econômica.
Mistificadores e ignorantes adoram afirmar que devemos as liberdades que temos ao sangue das vítimas que tombaram... MENTIRA!!! Lamento pelas vítimas que tombaram de um e de outro lados. Lamento por aqueles que foram submetidos a sevícias depois de presos — como ocorre hoje, habitualmente, nas cadeias brasileiras, sem que Paulo Vannuchi ou Tarso Genro soltem um pio —, mas não devemos as nossas liberdades aos mortos ou torturados do PC do B, aos mortos ou torturados da ALN; aos mortos ou torturados do MR-8. Se essa gente tivesse vencido, nós lhe deveríamos, isto sim, é o paredão. Devemos a nossa liberdade a gente como Ulysses Guimarães, como Alencar Furtado, como Franco Montoro, como Mário Covas, como Fernando Henrique Cardoso. Ah, sim, como Petrônio Portella, vindo lá da ditadura. E, acreditem, até como Golbery do Couto e Silva.
Aos terroristas mortos ou vivos? Não devemos nada! Assim como não devemos aos torturadores a derrota do comunismo. Devemos às esquerdas, isto sim, a mentira, ainda em curso, de que elas queriam o nosso bem, o que dá a seus herdeiros políticos licença para trapacear, para roubar, para mentir. Tudo em nome de um novo amanhã.
Não deixem que prospere a falácia.
Por Reinaldo Azevedo
Ou: "Nada devemos aos terroristas, mortos ou vivos"
Uma das falácias mais bem-urdidas pelas esquerdas é a de que os atos terroristas cometidos durante o regime militar eram a única forma de contestação política num ambiente sufocado pela ditadura. Trata-se de uma mentira histórica, de uma mentira política e de uma mentira moral, a que só se pode aderir ou por alinhamento ideológico ou por falta de bibliografia específica.
Mentira histórica
A mentira é história porque a decisão de certas correntes de partir para a luta armada antecede em muito a decretação do AI-5, em dezembro de 1968. Pior ainda: antecede o próprio golpe militar de 1964. Vale dizer: correntes de esquerda discutiam abertamente a luta armada como opção para chegar ao poder, embaladas pela revolução cubana, embora o país fosse uma democracia. Mais: João Goulart havia levado a subversão para dentro do governo. E notem: sei que a palavra “subversão” deixa muita gente indignada. Não me refiro necessariamente à pauta da esquerda, não. Refiro-me ao desrespeito às regras do estado democrático e de direito que garantiam a legitimidade do próprio Jango.
Ora, quem rompe com as regras que garantem a sua própria legitimidade está ou não está se expondo a um golpe? Está ou não está abrindo o caminho para que outros o façam — e com pauta própria? Não são pequenas, aliás, as evidências de que Jango preparava o autogolpe. Seja como for, a Presidência da República optou pela desordem. Isso justifica o golpe? A pergunta está errada. Isso explica o golpe. O primeiro dever de um democrata é preservar as leis que garantem o seu poder e a sua legitimidade, elegendo o foro adequado para mudá-las: o Congresso. E nem ao Congresso é dado todo o poder, já que ele também não pode extinguir a base legal que o sustenta. Leis nascem de pactos. Mas, no estado de direito, já disse um jurista de primeiro time, nenhum Poder é soberano — ou se joga Montesquieu no lixo. “Mas a gente não pode jogar Montesquieu no lixo?” Pode, claro. É preciso ver o que se vai pôr no lugar.
A mentira política
Os remanescentes do esquerdismo revanchista agem como se forças absolutas, essencialmente puras — o Bem de um lado e o Mal de outro — tivessem quebrado lanças durante o regime militar, com a vitória temporária do Mal, para que o Bem pudesse, finalmente, triunfar.
Não há um só documento, um miserável que seja, produzido pelas esquerdas antes ou depois do golpe, que evidencie que elas faziam a defesa da democracia. Ao contrário, sob a inspiração marxista, e leninista em particular, a democracia era vista apenas como uma trapaça, uma forma de a burguesia e de o imperialismo imporem a sua vontade por meio de instituições fajutas. Lamento dizer: é o que pensam, até hoje, algumas correntes do PT e alguns partidos que se dizem comunistas.
Será que se trata apenas de “algumas correntes do PT?” Não acreditem em mim quando falo deles; acredite neles quando falam de si mesmos. No vídeo convocatório para o seu Terceiro Congresso, ocorrido no fim de agosto do ano passado, o partido diz com todas as letras:
“Para extinguir o capitalismo e iniciar a construção do socialismo, é necessário realizar uma mudança política radical. Os trabalhadores precisam transformar-se em classe hegemônica e dominante no poder de estado. Não há qualquer exemplo histórico de uma classe que tenha transformado a sociedade sem colocar o poder político de estado a seu serviço”. E mais adiante: “Não basta chegar ao governo para mudar a sociedade. É preciso mudar a sociedade para chegar ao governo.” O vídeo está aqui. Ora, eu sei que eles não conseguiriam reconstruir um estado soviético nem que quisessem. Mas podem muito bem corromper a democracia, como estão fazendo com seu arremedo de estado policial.
Então não venham me dizer que a opção pelo terrorismo e pela luta armada, durante o regime militar, era o caminho possível para reagir à falta de democracia porque, de fato, não queriam democracia nenhuma — como fica evidente nos remanescentes daquelas batalhas, que não a querem até hoje. A sua “democracia” corresponde ao que eles chamam, apelando a Gramsci, de construção da “hegemonia”. De novo: não se trata de uma heremonia ao velho estilo. O que procuram é tornar irrelevante o processo de alternância de poder por meio do domínio das instituições do estado. Não sou eu que os acuso disso. Eles é que o confessam.
Pré e pós-64, até o esmagamento das forças terroristas, ambicionavam o poder pela luta armada — e a democracia que se danasse. Depois da redemocratização, lutam pelo controle absoluto da burocracia do estado, usando como esbirros os tais movimentos sociais — e a democracia que se dane de novo.
Mentira moral
O vitimismo de que se fazem caudatários é uma mentira moral porque pretendem que o horror da tortura era mais condenável do que o horror do terrorismo: seqüestros, assassinatos, justiçamentos. Um torturador vagabundo que submeteu um prisioneiro a sevícias não nos livrou do comunismo e ainda corrompeu a luta de quem a ele se opunha com dignidade. Mas e o coronel da PM que teve a cabeça esmagada a coronhadas por esquerdistas? Lustra “atos revolucionários”? Temo que sim. Na verdade, tenho a certeza de que, para eles, sim. Porque aquelas esquerdas, afinal de contas, nunca se opuseram à tortura nos estados comunistas. E as remanescentes, vejam que curioso, jamais criticaram o regime cubano pela tortura de presos políticos. Pior do que isso: aplaudiram Fidel Castro quando executou três prisioneiros sem direito de defesa. Crime: tentaram fugir de cuba. O facinoroso, aliás, é 2.700 vezes mais assassino, já provei aqui, do que os ditadores
brasileiros.
Isso justifica moralmente os torturadores nativos? Não! Mas o país encontrou um caminho para sair daquela cilada: a Lei da Anistia, que decidiu ignorar os execráveis excessos de todos os porões: os do regime e dos das esquerdas. Foi uma escolha política. Inicialmente, de fato, foi negociada por um Congresso ainda não plenamente livre. Mas, depois, na prática, foi adotada pela sociedade e, de fato, no que concerne à política, pacificou o país. De tal modo passamos a encarar a democracia como um imperativo, que, três anos depois da primeira eleição direta para presidente pós-ditadura, depôs-se o eleito. E sem crise de qualquer natureza.
Mas a mentira moral não se esgota no conteúdo ideológico do que pretendiam — ou pretendem — as esquerdas. Aceitar que o terrorismo era a única forma de luta contra a ditadura implica supor que a ação pacífica para depor o regime era uma tolice, uma inutilidade ou um capricho. E, claro, tal versão é uma indignidade. O que preparou o terreno para a volta da democracia foi a resistência pacífica dos que aqui ficaram e daqueles que, não podendo voltar ao país, endossaram a boa conspiração dos pequenos atos que foram fraturando o regime — finalmente quebrado sob os auspícios de uma crise econômica.
Mistificadores e ignorantes adoram afirmar que devemos as liberdades que temos ao sangue das vítimas que tombaram... MENTIRA!!! Lamento pelas vítimas que tombaram de um e de outro lados. Lamento por aqueles que foram submetidos a sevícias depois de presos — como ocorre hoje, habitualmente, nas cadeias brasileiras, sem que Paulo Vannuchi ou Tarso Genro soltem um pio —, mas não devemos as nossas liberdades aos mortos ou torturados do PC do B, aos mortos ou torturados da ALN; aos mortos ou torturados do MR-8. Se essa gente tivesse vencido, nós lhe deveríamos, isto sim, é o paredão. Devemos a nossa liberdade a gente como Ulysses Guimarães, como Alencar Furtado, como Franco Montoro, como Mário Covas, como Fernando Henrique Cardoso. Ah, sim, como Petrônio Portella, vindo lá da ditadura. E, acreditem, até como Golbery do Couto e Silva.
Aos terroristas mortos ou vivos? Não devemos nada! Assim como não devemos aos torturadores a derrota do comunismo. Devemos às esquerdas, isto sim, a mentira, ainda em curso, de que elas queriam o nosso bem, o que dá a seus herdeiros políticos licença para trapacear, para roubar, para mentir. Tudo em nome de um novo amanhã.
Não deixem que prospere a falácia.
Por Reinaldo Azevedo