UM TIRO NO PÉ?
Gen. Bda RI Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira
Eis que ao patrocinar, abertamente, um Seminário destinado a discutir a possibilidade de condenação dos militares acusados de torturadores, omitindo descaradamente as ações terroristas do outro lado, o Ministro da Justiça e seus sectários seguidores, montou um circo tão discricionário, que os reais objetivos da camarilha, por serem escandalosamente explícitos, provavelmente, causaram nojo na maioria dos cidadãos de bem.
O evento, cuja finalidade foi a desmoralização e o linchamento das Forças Armadas, demonstra cruamente, que vivemos uma verdadeira caça às bruxas. A ânsia desmedida, aliada à ocupação do poder, retirou da "esquerdalha" qualquer noção de bom – senso. Fortalecidos, atiraram - se à caçada com total falta de vergonha, certos de que nada poderia impedir suas nefastas ações.
Contudo, podemos vislumbrar uma oportunidade ímpar para que seja dado um basta na liberdade insana daqueles cretinos. É hora de dividi - los para que se confrontem.
Julgamos que o freio poderia vir do próprio "molusco". Não por qualquer simpatia que o "nosso guia" possa ter pelos militares, mas pelos incômodos que a situação criada e alimentada pela sua "equipe" possa trazer para si junto à opinião pública e junto ao Estamento Militar, não só da reserva, como da ativa.
Os indícios de que o Ministro da Justiça tem, ultimamente, ultrapassado os seus limites, nos parecem bem claros.
As divergências com a Dilma, com o Dirceu, a precipitada - por isso mesmo abortada – e caríssima operação da PF e da FNS em Roraima, para a expulsão dos arrozeiros, seguida da boçal e ilegal prisão do prefeito Quartiero, de Pacaraima, as conhecidas diferenças com a própria filha, as repercussões da espetacularização das ações da Policia Federal, o "affair" com o Ministro Gilmar Mendes, que redundou na inexplicável reunião a portas fechadas do "molusco" como os envolvidos na prisão do Dantas, a posterior liberação da fajuta gravação sobre o afastamento do Protógenes, e, agora, o choque com o Ministro da Defesa, acerca da Anistia, proporcionam aos Comandantes de Força uma oportunidade ímpar para colocar o "molusco" na parede e exigir (pedir?) que ele segure seus asseclas e iniba, a partir do Palácio do Planalto, o desencadeamento de atividades como aquele Seminário, avalizado pela própria estrutura do Governo.
Acreditamos que fatos como o Seminário e suas repercussões negativas fogem ao controle e aos interesses do "nosso guia".
O "molusco" não é bobo e, por certo, titubeará diante das evidências claras de seu desgaste, e poderá "dentro de quatro paredes" desautorizar ao Ministro da Justiça a levar avante e, mesmo inibir, a realização deste tipo de debate, acintosamente eivado de parcialidade, e que traz à tona uma face negra do desgoverno, o que por certo não é do seu agrado.
Entendemos que os Comandantes de Força, devidamente, avalizados pelo Ministro da Defesa, que publicamente declarou sua posição contrária à do Tarso Genro, fato que ainda vai ser bem explorado pela imprensa, poderiam colocar o "nosso guia" numa encruzilhada, solicitando sua interferência para que o Governo não fosse mais o postulante de semelhantes despautérios.
Não temos a menor dúvida, estrategicamente aproveitada, esta é uma excelente ocasião para retirar do Governo este tipo de iniciativa.
Mas cadê peito para isso?
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