JOSÉ GENOINO
Nome completo: José Genoino Guimarães Neto
Terrorista dos anos 60/70. Usava o codinome “Geraldo”.
Nasceu em 1946 e aos 20 anos, em Fortaleza, ingressou no Partido Comunista do Brasil – PC do B. Com a decretação do AI-5, em dezembro de 1968, mudou-se para São Paulo e passou a viver na clandestinidade depois de ter sido preso por participação em agitação e protestos nos meios universitários. Em 1970, foi para Goiás onde participou da Guerrilha do Araguaia, uma das principais ações desenvolvidas pelo PC do B na época. Em abril de 1972, foi capturado durante uma incursão dos militares que combatiam os guerrilheiros, fato que selou o fim da Guerrilha. A partir de sua prisão, o Exército localizou os esconderijos e
depósitos de armas e ficou sabendo dos nomes dos líderes e militantes da guerrilha. Um a um, eles começaram a ser mortos pelo Exército. Dos 176 participantes da Guerrilha, Genoino foi o felizardo e talvez único sobrevivente. Tudo isto aconteceu porque ele, sob pressão, teria dado aos militares as informações de que necessitavam para acabar com os guerrilheiros, fato confirmado mais tarde por um oficial do Exército. Julgado e condenado, cumpriu pena até 1977.
Em 1978, abandonou o PC do B e, dois anos mais tarde, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores – PT. Foi eleito deputado federal pelo PT em 1982 pela primeira vez e reeleito nas quatro eleições seguintes. Em 2002 foi eleito presidente nacional do PT e nesse mesmo ano candidatou-se, sem sucesso, ao governo do Estado de São Paulo.
Em 2006, envolvido num grande esquema de corrupção: compra de votos de parlamentares, o famoso “mensalão”, e empréstimos vultuosos para o PT, sem conhecimento de membros da executiva do Partido, foi obrigado a deixar a presidência do PT. Denunciado pelo Procurador Geral da República, está sob investigação do Supremo Tribunal Federal como um dos responsáveis pelo “mensalão”. Atualmente é deputado federal pelo PT.
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